* Leandro Fidelis
O ano letivo completa 30 dias nesta quarta-feira (4) e a demora na contratação dos professores pelo Estado continua a deixar alunos com aulas vagas nas escolas estaduais. Em Venda Nova, na maior instituição pública de ensino do município, a Escola Fioravante Caliman, os alunos chegam a ficar ociosos por mais de duas horas.
Faltam professores de química, artes, educação física e português, o que varia dependendo do turno. A diretora da escola, Cristina Paste, está preocupada com a reposição das aulas exigida pela gerência de Boletim de Frequência da Secretaria de Estado da Educação- Sedu. Compensar as aulas pode prolongar o ano letivo, dificultando manter o transporte e a merenda e comprometendo o período livre pós-calendário dos próprios professores.
Em reportagem publicada pelo Jornal Folha da Terra no último dia 20 de fevereiro, Cristina afirmou que o problema é a lentidão nas contratações. Neste ano, os professores tiveram o direito de se inscrever em até cinco minutos, o que tornou a fila lenta, já que é preciso chegar até o final para uma nova chamada visando ocupar as vagas recusadas.
Os professores também não podem mais se inscrever para lecionar em áreas afins à sua formação. Vários professores da comunidade inscritos ainda aguardam chamada.
Para complicar a situação das escolas, o ensino médio teve a carga horária aumentada em 200 horas. Com a implantação das 1.000 horas, os alunos passaram a ter cinco aulas de 60 minutos. Antes eram quatro de 60. Desde a mudança, o horário de saída do turno matutino passou a ser 12h20. Como várias disciplinas estão sem professor, equipe pedagógica e alunos estão aflitos.
Na Escola Domingos Perim, de 1ª à 8ª série, a equipe pedagógica está organizando jogos, levando os alunos para a sala de informática e promovendo atividades artísticas para compensar os períodos vagos.