O assassinato do ex-governador Gerson Camata teve como motivação um processo judicial. Em 2009, Camata processou seu ex-assessor, que confessou a morte, Marcos Venicio Moreira Andrade por danos morais. O motivo foi o ex-aliado ter feito uma série de acusações contra o ex-governador, que na época ocupava uma cadeira no Senado. Marcos foi condenado a pagar R$ 50 mil a Camata, ainda em 2012. As informações são do Gazetaonline.
Nas denúncias, que foram publicadas no jornal O Globo em 2009, Marcos Venicio disse que os funcionários eram obrigados a pagar despesas de Camata com o próprio salário, e que Camata recebeu mesadas de mpreiteiras e notas fiscais falsas em sua campanha.
Camata, então, procurou a Justiça no Espírito Santo e no Distrito Federal, pedindo indenização de R$ 1 milhão. No entanto, Marcos Venicio foi condenado a pagar R$ 50 mil de indenização, além de R$ 5 mil em honorários e custas processuais. Essa dívida resultou no bloqueio de R$ 60 mil na conta de Andrade, para pagamento da indenização. Em uma apelação recente, o ex-assessor alegou que não tinha dinheiro para pagar as custas processuais, mas o pedido foi negado.
Marcos ainda buscou instâncias superiores tentando reverter o processo, mas em dezembro de 2017, o ministro Ricardo Lewandowski negou o seguimento do pedido e a sentença precisou ser cumprida. O valor na conta de Marcos Venicio foi bloqueado no início deste ano. Ele ainda tentou desbloquear o valor, mas sem sucesso.
As denúncias foram submetidas à Procuradoria-Geral da República e à Corregedoria do Senado, mas foi entendido que as acusações não tinham lastro e foram arquivadas.
O suspeito Marcos Venicio Moreira Andrade, de 66 anos foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe, e dificultar a defesa da vítima. Ele foi encaminhado por volta das 22h de quarta-feira (26) para o Centro de Triagem de Viana (CTV).