Ex-colegas de turma se encontram há 30 anos ininterruptos

* Valdinei Guimarães

valdinei@radiofmz.com.br

Quanto tempo pode durar uma amizade? A pergunta não tem uma única resposta, mas um grupo de amigos que se conheceu na escola, em Venda Nova do Imigrante, mostra que pode durar décadas. Mesmo depois do fim dos estudos, eles continuaram se reunindo anualmente e, no próximo domingo (31), vão comemorar 30 anos de encontros cheios de companheirismo e histórias.

As reuniões começaram em 1984. Na época, eles eram alunos do terceiro ano científico, o que hoje seria o Ensino Médio, no Colégio Salesiano de Venda Nova. O grupo de estudantes decidiu fazer uma confraternização no fim do ano e nunca pararam de se encontrar. “Eu tinha 16 anos na época. A gente resolveu fazer um encontro na praia, em Marataízes. Daquele, decidimos nos rever todo ano e não paramos mais”, revela o contador José Roberto Altoé (46), um dos ex-alunos da turma.

Turma reunida no encontro de 1995 – Foto: Arquivo pessoal

O tempo foi passando e, com isso, vieram os casamentos e os filhos. Nada disso impediu os amigos de continuarem se vendo. Pelo contrário, o grupo acabou aumentando. “As famílias cresceram, nossos filhos foram se juntando ao encontro e fazendo amizade com os filhos dos outros membros do grupo. Com isso, tivemos que adequar nossas reuniões. Colocamos um pula-pula, compramos balas, picolés e atividades para as crianças se divertirem também”, comenta José Roberto.

Diversão, aliás, é o que não falta nas reuniões. Nas rodas de bate-papo, os assuntos giram em torno de lembranças dos velhos tempos na escola, dos namoros e passeios de bicicletas que faziam depois das aulas. Também é a hora de colocar a conversa em dia e voltar a ser adolescente. “É um momento muito gostoso. A gente lembra as bobeiras que aconteciam na sala de aula, vemos nossos filhos crescendo”, diz a também contadora Maria das Graças Cevolani (46), ex-aluna da turma, que nunca faltou a um encontro.

Maria das Graças nunca faltou a um encontro e leva o filho para participar com ela – Foto: Arquivo pessoal

Em trinta anos de reuniões, muitas histórias marcaram. “Nós perdemos duas amigas da nossa época, que faleceram. Porém, os maridos delas continuam indo nos encontros com a gente, como se fossem da turma”, diz a contadora. Outras ocasiões ficaram registradas na memória por serem engraçadas. “Uma vez, fizemos o encontro em uma fazenda. Uma amiga veio de carro, bem arrumada, e acabou perdendo o controle do veículo, descendo uma ribanceira e batendo em uma bananeira. Foi muito engraçado”, conta, aos risos, Maria das Graças.

 

O ex-aluno José Roberto (esq.) e o professor Sarara. Nos encontros, todos voltam a ser adolescentes – Foto: Arquivo pessoal

Um dos professores da turma na época, Sérgio Rosa Marques (63), o “Sarara”, também participa dos encontros até hoje. Ele, que está aposentado, dava aulas de geografia e acompanhou o crescimento dos ex-alunos. Mesmo depois de se tornarem adultos, pais e mães de família, o professor vê seus ex-pupilos da mesma forma como os enxergava no passado. “Pra mim, não mudou nada! Eu os trato como moleques e não quero nem saber! Eles também aprontam muito comigo nos encontros, mas eu gosto, porque é uma turma muito boa”, defende o professor.

Padre Pascoal era diretor do colégio em 1984 – Foto: Valdinei Guimarães

A próxima reunião, a trigésima, será especial. Os ex-alunos vão receber um copo comemorativo feito pela artista plástica Rosana Paste, que também foi da turma. O dia também será de homenagem ao padre Pascoal Andreiuolo (77), que era diretor do colégio em 1984. “Naquela época, era diferente. Eu conhecia todo mundo e todos me conheciam. Então, os alunos sabiam que eu tinha contato com os pais. Por isso, minha presença era mais de família do que de diretor. Era um ambiente bastante mais tranquilo, com mais entrosamento, mais disciplina”, conta padre Pascoal.

Para ele, receber a homenagem é gratificante. “Eu fico até um pouco admirado, porque nunca recebi esse tipo de homenagem. Encontro muitos ex-alunos que me agradecem pela formação, mas homenagem é a primeira vez que recebo. Por outro lado, eu acho que não fiz mais que a obrigação. Graças a Deus que fizemos algo de positivo que os marcou. É gratificante saber que ajudei na caminhada e no crescimento deles, mas não foi mais do que minha obrigação”, comenta o padre.

Para o futuro, os ex-colegas de turma pretendem continuar se reunindo e dando exemplo de amizade. “Enquanto estivermos vivos, faremos esse encontro. Não vamos parar. Já passamos pela adolescência, juventude, estamos indo para a terceira idade e vamos continuar nos vendo. Tenho certeza de que nossos filhos vêm atrás e vão continuar também”, diz Maria das Graças.

Encontro da turma em 2013 – Foto: Arquivo pessoal

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