Família em Venda Nova quase perde R$ 2 mil em golpe do falso acidente

Você recebe uma ligação e, do outro lado da linha, alguém te chama de tio, diz que sofreu um acidente e que precisa de dinheiro para liberar o carro e seguir viagem. Na mesma hora, preocupado, você solta o nome de um sobrinho: "Fulano, é você"? Pronto. Já é o sinal de que 50% do golpe deu certo. A partir daí os bandidos vão usar sua preocupação e ansiedade para roubar seu dinheiro. No caso acima, que  aconteceu em Venda Nova do Imigrante na última semana, a vítima de extorsão já havia pegado o número da conta corrente para depositar R$ 2 mil para o "sobrinho". 

 

"No momento do desespero, conversei vários minutos com ele e tinha certeza de que era o meu sobrinho. Eles são muito persuasivos, vão falando e, como estamos preocupados, não nos ligamos nos detalhes", conta. 

 

A conta corrente era  no nome de "Dieckmann Leone". Para quem não se lembra, o nome do titular da conta é uma alusão à personagem Leona, interpretada pela atriz Carolina Dieckmann na novela Cobras e Lagartos.  Mas poucos se atentam a esses detalhes na hora da preocupação com um ente querido.  E o golpe quase deu certo. A pessoa, que  prefere não se identificar, só não perdeu o dinheiro pois um familiar chegou à casa e ligou para o verdadeiro sobrinho, certificando-se de que ele estava bem. 

 

Mas nem todas as histórias têm um final feliz. Segundo a titular da Delegacia de Venda Nova do Imigrante, delegada  Maria Elizabeth Zanolli, na cidade uma vítima perdeu R$ 4 mil com um golpe telefônico.  A história era um pouco diferente, mas a intenção era a mesma: extorsão. 

 

"Os bandidos ligaram dizendo que a vítima tinha ganhado um prêmio de R$ 25 mil. Para receber o dinheiro, o golpista pediu R$ 1 mil à vítima. Depois pediu mais dinheiro, totalizando   R$ 4 mil. O problema é que a vítima depositou o valor. Depois veio à delegacia porque sentiu que tinha sido enganado", revelou a delegada.  

 

Há situações ainda mais traumáticos. "Tivemos uma vítima que já estava indo para o banco para depositar R$ 10 mil na conta de um suposto sequestrador, que estaria com a sua mulher. Mas como para ir ao banco ele tinha que passar em frente à delegacia, decidiu parar. Foi o que o salvou do prejuízo, pois a mulher estava em uma consulta médica e não pode atender ao telefone", conta a delegada, que afirma que ela mesmo já recebeu ligações de golpistas dentro da delegacia. 

 

Observe o DDD
O DDD utilizado no golpe do sobrinho acidentado era o 014, que atinge cidades do interior do Estado de São Paulo. Mas as ligações golpistas podem vir de outros locais. E simplesmente observar qual é o DDD da chamada pode impedir o golpe de ir a termo. A delegada adverte.  "Se você não tem parentes ou amigos que utilizam o DDD que aparece no telefone, ignore a chamada. Simplesmente não atenda. Temos muitos casos de golpes assim". 

 

A delegada dá também algumas orientações sobre o que fazer em uma situação assim. Confira: 

1. Certifique-se que o parente ou amigo esteja bem. Tente ligar para ele. 
2. Não faça nenhum tipo de transação bancária, como depósito ou transferência. 
3. Não forneça nenhuma informação, não dê nomes, endereços, apelidos. E em hipótese alguma forneça seus dados, como CPF ou RG. 
4. Se a pessoa insistir, faça alguma pergunta que somente a pessoa verdadeira poderia responder, como o nome de um tio, um avô, namorado ou namorada. 
5.  Ligue para a Polícia Militar, pelo telefone 190 ou para a delegacia, no 28 3546 1124.
6. Caso o golpe seja o do acidente, ligue para a Polícia Rodoviária Federal para se informar e peça orientação. 
7. Fique atento aos DDDs das chamadas. Se você não tiver um parente ou amigo que more na cidade com o DDD que está chamando, ignore o contato. 

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