Férias: prudência é indispensável para evitar afogamentos

Tomar banho de mar, piscina, cachoeira… enfim, cair na água é uma das diversões mais gostosas do verão. Mas é preciso ter cuidado porque, dependendo da situação, mesmo quem sabe nadar corre o risco de se afogar. A falta de atenção em relação às crianças e a não observação de placas e condições do local são algumas das causas dos acidentes na água.

Crianças precisam de atenção extra quando estão perto de água – Foto: Reprodução/Jean-Marc Liotier/Flickr

Afogamento acontece com pessoas de todas as idades, mas as crianças são um importante grupo de risco, principalmente quando não há uma supervisão adequada. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a família de seu Manoel Maria Motta (78). O neto Nicolas (08) estava brincando na praia quando, por um descuido dos parentes, começou a se afogar. Diante da situação, o avô, que estava pescando, largou tudo e foi salvar o menino. Sem preparo adequado e com idade avançada, Manoel bebeu muita água e, apesar de ter conseguido salvar o neto, precisou ser levado para o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra.

“O que aconteceu com o senhor Manoel é muito comum. Ele aspirou conteúdo líquido em grande quantidade, o que a gente chama de broncoaspiração. A água entra nos pulmões e simplesmente ocupa o lugar que seria do ar, causando a insuficiência respiratória e deixando a pessoa inconsciente. O que fizemos de imediato foi uma suplementação de oxigênio”, explicou o coordenador de Urgência e Emergência do hospital, Márcio Lameri.

A falta de conhecimento ou mesmo de prudência podem ser os grandes vilões do afogamento. O médico explica que os afogamentos podem ser classificados clinicamente em diferentes graus, segundo a condição de insuficiência respiratória. Segundo ele, para reduzir os efeitos do afogamento, as manobras de recuperação cardiorrespiratórias ou cardiopulmonares devem começar imediatamente no local do acidente.

“Essas manobras são essenciais para a recuperação e sobrevida do paciente. É necessário retirar as roupas molhadas da vítima e tentar elevar a temperatura corporal, para isso, basta cobrí-la com uma toalha. Também é necessário proteger a coluna cervical e iniciar a respiração boca a boca”, detalhou o médico, enfatizando a importância de, sempre que possível, acionar o salva-vidas presente no local ou o Corpo de Bombeiros.

O doutor Dráuzio Varella, médico conhecido em todo o país por reportagens e livros sobre saúde, lançou um aplicativo gratuito com várias dicas de primeiros socorros. Esse aplicativo está disponível para celulares com o sistema Android e iOS. Para saber como baixá-lo, clique aqui.

Veja algumas orientações retiradas do aplicativo do doutor Dráuzio Varella para socorrer uma vítima de afogamento:

Se a pessoa estiver consciente, providencie algum tipo de aquecimento, como cobertores ou banho quente.

Aplicativo do doutor Dráuzio Varella é gratuito e dá dicas sobre primeiros-socorros – Imagem: Reprodução

Se ela estiver inconsciente, chame o resgate e faça respiração boca a boca. Como fazer: Deite a pessoa de barriga para cima em uma superfície firme. Tape o nariz dela com a mão e sopre o ar dentro da boca duas vezes. Observe o tórax da pessoa. Se ele se elevou, como quando aspiramos, significa que a manobra está correta. Continue repetindo as sequências de duas sopradas seguidas com um breve intervalo entre elas até que o socorro chegue.

Se a pessoa tiver parada cardíaca, chame o resgate e faça a respiração boca a boca alternada com manobras de reanimação. Como fazer: Ajoelhe-se ao lado da pessoa, na altura dos ombros dela. Com seus braços esticados, apóie uma mão em cima da outra sobre o tórax dela, no centro da linha imaginária que liga os mamilos. Usando o peso do seu corpo, faça 30 compressões firmes.

Os telefones de resgate são 192 (Samu) ou 193 (Corpo de Bombeiros). Se o local em que você estiver contar com guarda-vidas, peça alguém para chamá-lo.

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