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Festa para padroeira tem ‘feriado’ e cachorro-quente em Venda Nova

* Valdinei Guimarães

valdinei@radiofmz.com.br

 

O dia de Nossa Senhora da Penha tem um significado especial para moradores da localidade de Pindobas, em Venda Nova do Imigrante. A data é comemorada como feriado na comunidade, onde há mais de cem anos acontece a festa em louvor à Santa. Além de declarar a fé, os moradores se juntam para festejar e saborear o famoso cachorro-quente preparado ali.

 

Durante o dia de festejos, os habitantes participam de missa, procissão, bênção das rosas e programação festiva, que tem show musical e torneio de bochas. “Esta foi a primeira igreja de Venda Nova, fundada há 119 anos. Nossa festa é realizada há 118 anos sempre no oitavo dia depois da Páscoa”, explica Antônio Zuin (47), organizador da festa.

 

A devoção à Nossa Senhora da Penha é tanta que o dia da padroeira da comunidade é considerado feriado local. Os moradores de Pindobas reservam a data para participar das celebrações. O operador de carregadeira José Lúcio Ferreira Filho (41) é um dos fiéis que respeitam o feriado. “Neste dia, a gente não trabalha aqui. Meu patrão não acha ruim, porque ele também está na festa. Venho sempre porque um dos meus filhos sofria de convulsão e, graças à Nossa Senhora, se curou”, conta José Lúcio, que é tecladista na igreja.

 

Depois da missa e procissão, os fiéis deixam o ginásio onde é feita a celebração e vão até o bar da igreja para comprar o popular cachorro-quente de Pindobas. O lanche é muito conhecido em Venda Nova. Tem gente que compra vários para levar para os amigos que ficaram em casa ou no trabalho. Quem toma conta da cozinha é Clarindo Brioschi (77). Ele faz o cachorro-quente da comunidade há 45 anos.

 

“A ideia de fazer o cachorro-quente foi trazida por meu irmão, que trabalhou na cozinha do Exército, no Rio de Janeiro. Ele veio para cá e passamos a ser a primeira comunidade a oferecer o pão com carne”, conta Clarindo. A receita ainda é a original: carne, tomate, pimentão e condimentos. “Gastamos cerca de 80 quilos de carne, cinco caixas de tomate e uma caixa e meia de pimentão para fazer o cachorro-quente”, revela Clarindo.

 

Para ajudar a igreja local, alguns moradores doam alimentos, como o tomate e o pimentão. Tudo é preparado por voluntários. São vendidos aproximadamente 1.600 cachorros-quentes durante a festa e a renda obtida com a venda é utilizada na própria comunidade. Quem quiser, também pode consumir o churrasco preparado pelos moradores de Pindobas. 

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