Festival de Domingos Martins já tem data definida

O Festival de Inverno de Domingos Martins divulgou a data de sua décima sexta edição: 23 de julho a 2 de agosto. Por enquanto, essa é a única definição da prefeitura da cidade, organizadora do evento.

Segundo a secretária municipal de cultura e turismo, Ângela Maria Módolo de Assunção, “a formatação do festival está sendo revista”. Ela se refere à programação, que conta com shows nacionais, regionais e de artistas locais, além de oficinas pedagógicas.

O coordenador/curador do festival também ainda não foi definido. Jarbas Rocha, responsável pela XV edição, não estará à frente esse ano.

Fiz a cobertura do Festival de Inverno no ano passado – quando este blog ainda engatinhava – e fiquei devendo uma análise detalhada do que aconteceu por lá. O fato é que, apesar da disposição e empenho de toda a cidade e dos produtores locais, o festival deixa muito a desejar em programação e organização.

Essa análise também foi feita pelos professores das oficinas, que participaram de uma reunião de balanço no encerramento do evento. Muitos sentiram o baque do esvaziamento das oficinas: uma delas teve dois alunos! Outros, como o clarinetista Paulo Sérgio Santos, que à frente de um trio espetacular de chorinho tocou para uma praça quase vazia em uma terça-feira à noite, reclamaram do foco do festival. Qual o sentido de anunciar The Fevers e Emmerson Nogueira como destaques do evento, enquanto grandes nomes da música instrumental eram postos de lado?

O Festival sempre opta pelas atrações populares nas noites dos fins de semana, entendendo populares por nomes como Fagner (ok), Robson Miguel (questionável), The Fevers (questionável) e Emmerson Nogueira (questionável). É fato que que essas noites são as mais cheias, com um público impressionante, mas cabe uma pergunta: o público está ali porque as atrações têm apelo popular ou iriam para Domingos Martins independentemente da atração? Afinal, são 15 anos e uma história consolidada e a cidade é um ponto turístico consagrado no inverno.

Superado esse dilema tostines, cabe outro questionamento: qual é o público do festival? Porque patinar entre o popular de mau gosto e popular de bom gosto – não cabe mais a velha separação erudito x popular – é errar a mão por seguidas vezes.

Outro ponto, esse bem específico, é a relação do festival com a imprensa. A divulgação é quase infantil, rasa, pouco detalhada. Pérolas que poderiam render boas pautas escapam e nem os nomes das atrações são divulgados corretamente. O instrumentista Paulinho Trompete (foto), por exemplo, integrante da banda de Ney Conceição, não teria rendido ao Caderno2 uma entrevista interessantíssima se dependesse da assessoria do evento.

* Texto: Vitor Graize/ Gazeta Online

Confira mais Notícias

Confira a programação da 23ª Festa do Socol de Venda Nova do Imigrante

Blocos e 17 bandas irão animar Carnaval 2025 de Alfredo Chaves

Confira a programação do Carnaval 2025 de Alfredo Chaves

Venda Nova apresenta calendário de eventos 2025

Inscrições abertas para participar da Banda Marcial de Venda Nova do Imigrante

Concerto em Venda Nova une piano e canto de músicas de compositores capixabas

Cultura

Festa da Uva do Vinho: 59ª edição acontece em São Bento de Urânia, em Alfredo Chaves

38ª Festa do Tomate de Alto Caxixe começa nesta sexta-feira (24) em Venda Nova do Imigrante