* Leandro Fidelis
A missa de Nossa Senhora da Penha reuniu dezenas de devotos na manhã desta segunda-feira (20) em Pindobas, Venda Nova. Moradores e turistas foram conferir o novo aspecto da imagem, que ficou um ano em restauração na Ufes. A santa chegou em uma carreata iniciada na Igreja Matriz de Venda Nova.
A celebração foi marcada por muita emoção. Neta dos imigrantes italianos Luiza Jiacete e Nicolau Cola, que encomendaram a imagem de Portugal há 115 anos, Arlinda Falqueto Caliman, de 81, representou a família Cola para receber homenagem. Estava doente em casa e não estou sentindo mais nada. Estou muito feliz de estar aqui.
Outra devota, a dona de casa Luzia Galovotti, não segurou as lágrimas diante da imagem. Há 30 anos trabalho nesta comunidade e sempre recebo graças de Nossa Senhora. A mais recente é a aposentadoria do meu marido.
A restauradora Rosângela Meger, do Núcleo de restauração da Ufes, disse que acabou se apegando à santa depois de um ano dedicada à sua restauração.
Após a parte religiosa, o público se rendeu ao popular cachorro-quente. A iguaria é a mais procurada na Festa de Nossa Senhora da Penha em Pindobas.
A pedagoga Rosa Maria Bonno Bissoli veio de Cachoeiro de Itapemirim com a família para prestar sua homenagem à santa. Vim pela curiosidade de ver como a santa ficou e pela fé também, pedindo à Nossa Senhora da Penha muita paz, amor para todos.
História
Em 1894, Luiza Jiacete Cola, esposa de Nicolau Cola, morador de Pindobas, que era muito devota de Nossa Senhora, passou por uma enfermidade e, por meio de sua fé, teria alcançado a graça desejada.
Em gratidão, encomendou uma imagem de Portugal, que veio de navio até o Porto de Vitória. Depois chegou de trem até Castelo e seguiu viagem no lombo de um burro até Monte Alverne, no interior daquele município. Devido às dificuldades das estradas, a imagem chegou até Pindobas nos braços dos devotos (* Breve histórico lido durante celebração).
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