Marcado para estrear no Espírito Santo no próximo dia 11, o documentário Eliezer Batista- O Engenheiro do Brasil tem como ponto alto a discussão sobre a privatização da Vale. Eliezer defende que a Vale, além de buscar o lucro, sirva ao desenvolvimento do Brasil. Mas ele vai além e não esconde sua convicção de que a decisão do governo Fernando Henrique Cardoso de vencer a mineradora teria sido equivocada. Segundo ele, FHC teria levado adiante o plano de leiloar a mineradora com a justificativa de que era necessário convencer os investigadores da seriedade de seu programa de privatizações.
Com direção Victor Lopes, o filme conta a vida do ex-presidente da empresa, que foi duas vezes ministro de Estado e um dos mais influentes personagens do Brasil moderno.
Discreto em público, no documentário Eliezer expõe a dimensão humana e social de sua trajetória, revelando-se um personagem único, que marca profundamente todos que o conhecem. Lúcido, brilhante e ainda ativo aos 85 anos, é uma das pessoas que mais criou empregos na história do Brasil.
Presidente da Vale aos 36 anos, inicia a construção do porto do Tubarão, destinado a navios de 70.000 toneladas numa época em que os maiores navios pesavam metade disso. Ministro de Jango aos 37 anos, e de Collor aos 68 anos, foi consultor de quase todos os governos nos últimos 60 anos. Foi um dos idealizadores do Desenvolvimento Sustentável, teoria que ajudou a desenvolver a partir do projeto Carajás na Amazônia. É pai de sete filhos, entre eles Eike Batista, hoje o homem mais rico do Brasil.
O fio condutor são entrevistas filmadas com Eliezer Batista em várias locações que pertencem à sua história (* A Gazeta, 06/12/2009).