As ações de fiscalização dos técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) não constataram, até esta quarta-feira (31), irregularidades na venda do palmito, ingrediente utilizado na culinária capixaba típica do período da Semana Santa. Este ano, aproximadamente 98% dos produtos ofertados na Grande Vitória são provenientes de coqueiros, que não é uma espécie nativa da mata atlântica, não havendo, portanto, impedimentos para o comércio.
O chefe do Departamento de Recursos Naturais Renováveis do Idaf, Robson de Almeida Britto, ressalta que desde 2008, com a proibição do corte do palmito Indaiá, não estão sendo emitidas pela Idaf autorizações para extração de produtos de origem nativa.
Com isso, buscamos manter as tradições da culinária do Estado, mas sem prejudicar o meio ambiente, uma vez que, opções de palmitos ecologicamente corretos como o pupunha, palmeira real e coqueiro, deixam a torta muito saborosa e permitem a manutenção da biodiversidade das nossas florestas afirma ele.
Equipes do Idaf e da Polícia Ambiental estão realizando fiscalizações em todo o Estado para verificar a legalidade dos palmitos. Neste trabalho, visando ao controle e proteção florestal, são exigidos documentos que mostrem a origem do produto e comprovem que o corte foi autorizado.
Orientações ao consumidor
Para saber se está adquirindo um palmito de origem legal, é importante que o comprador esteja atento à espécie, a fim de não utilizar em sua torta produtos provenientes de árvores ameaçadas de extinção.
Palmitos como o Juçara, quando em ambiente natural, são extraídos ilegalmente da mata atlântica e comercializados de forma clandestina, prejudicando a natureza. Sendo assim, na compra deste tipo de palmito, é fundamental que o consumidor exija sempre a comprovação de que o mesmo é proveniente de plantios.