Prejuízos ambientais incalculáveis nas montanhas do Estado. Trinta hectares de área de mata e vegetação rasteira em fase de regeneração florestal, próximos do Parque da Pedra Azul já foram destruídos por um incêndio iniciado há uma semana.
O fogo começou na região de São Floriano, distante 50 quilômetros da sede de Domingos Martins há uma semana e as labaredas com mais de dois metros de altura continuam a devastação de árvores e arbustos naturais. As origens do incêndio são desconhecidas, mas serão investigadas, segundo o Corpo de Bombeiros.
Uma equipe de bombeiros está no local desde a manhã de quinta-feira tentando controlar o incêndio. Nesta sexta-feira um reforço de 50 homens do Corpo de Bombeiros da Região Serrana e Vitória trabalha no local desde o início da manhã. O fogo já atravessou florestas de várias propriedades rurais e sítios na região.
Os agentes utilizam abafadores manuais, enxadas e mochilas costais com capacidade unitária de 25 litros de água, que é captada numa represa de um sítio. Técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) e Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA) que estão na região constataram a entrada das chamas na zona de amortecimento do Parque da Pedra Azul.
Os técnicos informaram que se não houver controle imediato das chamas, o incêndio poderá atingir a áreas circunvizinhas da Pedra Azul e provocar prejuízos ambientais incalculáveis.
O agricultor Edval Canal, proprietário rural de São Floriano, disse que as labaredas invadiram a mata de vários proprietários rurais da região e por falta de equipamentos especiais e a presença do Corpo de Bombeiros na localidade.
Tive que me arriscar com o trator da propriedade para construir aceiros e evitar que o fogo se espalhasse ainda mais. Todos os anos os prejuízos ambientais são os mesmos. Acho que um trator de esteira será o ideal para a região, disse.
O sargento Claudemar, do Corpo de Bombeiros, primeiro a chegar na região onde acontece o incêndio na manhã desta sexta-feira, disse que o fogo já destruiu mais de 30 hectares. Fomos acionados na manhã desta sexta-feira e nos deparamos com o rastro de destruição deixado pelo fogo. Agricultores da localidade nos informaram que o fogo começou sexta-feira passada. Não nos comunicaram sobre esta situação.
O major Gabriel, foi para o local do incêndio com cerca de 40 soldados, recentemente formados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo. Ele informou que é impossível o ingresso de equipamentos pesados ao local, de alta declividade. Trabalharemos com os equipamentos manuais adequados para o local, já que há impossibilidade dos mecânicos chegarem ao topo da montanha onde ocorre o incêndio.
O sitiante Deotílio Destefani, que acionou o Corpo de Bombeiros da Região Serrana chegou nesta manhã à sua propriedade e se assustou com o rastro da destruição provocado pelas chamas. Entrei em contato com os bombeiros. Em pouco tempo eles estavam na floresta tentando debelar o fogo.
* Fonte: Folha Vitória