Mesmo com o Planejamento Estratégico do Governo do Estado previsto para acontecer no fim desta semana, na noite a última segunda-feira (23), em palestra para empresários da Associação Brasileira de Distribuidores (ABAD), o governador Paulo Hartung adiantou que, no cenário econômico atual, o Poder Executivo Estadual não tem perspectivas para realizar reajustes ou criar novos tributos. O encontro da ABAD foi realizado na sede do Palácio do Café, em Vitória.
“Estamos fazendo um ajuste fiscal no campo das despesas com a reorganização do orçamento do Estado. Mesmo em um cenário desafiador, não pretendemos aumentar ou criar nenhum tipo imposto e, onde for tecnicamente viável, vamos reduzir encargos para dar mais capacidade sistêmica de competitividade e, consequentemente, gerar mais empregos e renda no Espírito Santo”, disse Hartung.
Durante o evento, o governador reforçou que o país e o Estado passam por um período desafiador na gestão pública com a tomada de medidas consideradas impopulares para organizar e readequar o orçamento público. "O momento é desafiador e acertos precisam ser feitos para o país recuperar a credibilidade que precisa. O ganho deste momento é se avançarmos no contexto da reorganização da máquina”, enfatizou o governador.
Já o presidente da ABAD, José do Egito Frota Lopes Filho, explica que aos poucos os setores produtivos da economia vão retomando o ritmo normal de suas atividades – naquilo que não depende diretamente das decisões governamentais – e encontram suas próprias fórmulas para driblar a desconfiança que desponta no mercado, os indicadores de retração do consumo e as perspectivas de baixo crescimento que acompanham o início deste ano. “Realmente, acreditamos que manter o foco em melhorias é a grande saída para todos os segmentos produtivos, mas em especial para o mercado de produtos de higiene e limpeza, que é o ambiente de atuação da maioria das empresas associadas à ABAD e às suas 27 filiadas estaduais”, ressalta.
Uma das primeiras medidas do governador Paulo Hartung ao reassumir o Estado foi a criação de quatro decretos para reduzir despesas públicas, aprimorar o modelo de gestão e rever a Lei Orçamentária para 2015. O objetivo é cortar 20% dos gastos linearmente em cada órgão. A economia projetada é de R$ 200 milhões em 2015 somente com as medidas previstas nos decretos, como corte de comissionados, congelamento de concursos e suspensão de aditivos contratuais e patrocínios.