A Advocacia-Geral da União e a Petrobras entraram no Tribunal Superior do Trabalho com uma liminar para impedir a greve dos petroleiros prevista para começar nesta quarta-feira (30).
A ação tem como objetivo evitar que a paralisação da categoria piore ainda mais o quadro de desabastecimento de combustíveis, alimentos e outros produtos por causa da greve dos caminhoneiros.
A AGU pede que seja reconhecida a abusividade e a nulidade da greve e argumenta que a eventual ocupação de unidades produtivas pelas entidades sindicais acarretaria em risco de acidentes e custaria à estatal R$ 349 milhões, por dia, sendo 300 milhões relativos ao faturamento que deixaria de ser arrecadado com a interrupção da produção.
O entendimento da AGU e da Petrobras é o de que a paralisação dos petroleiros é de natureza política-ideológica e não trabalhista, já que o acordo coletivo da empresa com os funcionários está vigente até 2019.
A AGU e a Petrobras pedem, ainda, que o TST determine que 100% dos trabalhadores da Petrobras mantenham as atividades e estipule multa de R$ 10 milhões por dia caso os sindicatos não cumpram eventual decisão judicial que proíba ou limite a paralisação.