Por Leandro Fidelis
Mais de 2.000 estudantes de Afonso Cláudio estão sem aula desde o início da greve dos servidores há 15 dias. Quinze escolas da Sede e do interior do município fecharam em adesão ao movimento.
Hoje, às 13h30, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais- Sispamac, Alcenir Aguiar da Costa, teria uma reunião com um representante da Prefeitura para tentar um acordo sobre o aumento de 25% exigido pela categoria.
Estamos abertos a negociação, mas queremos pelo menos um salário mínimo condizente com a realidade nacional, que é de R$ 415,00, declarou Alcenir.
Em frente à sede da Prefeitura, no centro da cidade, manifestantes fazem apitaço todos os dias até o meio-dia. Ontem, o grupo fez críticas ao prefeito Edélio Guedes vestido de preto e com olhos vendados e boca e ouvidos tampados.
Os grevistas também estão fazendo passeatas nas ruas. Apenas 30% do funcionalismo público, em respeito à lei, continua atendendo nas repartições municipais.
Alguns moradores que assistem ao protesto apóiam as reivindicações. Não sei se o prefeito tem condições de dar esse reajuste, mas sou a favor de que exijam seus direitos, disse a contadora Ana Izabel Moreira.
Já o pedreiro Roberto Francisco de Freitas disse esperar que o filho de nove anos não se prejudique sem aulas. É a única coisa que temo com essa greve.