Gripe suína: não há motivo para pânico em Venda Nova

* Leandro Fidelis

leandro@radiofmz.com.br

Mais barulho que casos confirmados. Esta é a contatação da Secretaria Municipal de Saúde de Venda Nova diante do bombardeio de informações divulgadas na imprensa sobre a influenza A, ou gripe H1N1, popularmente conhecida como “gripe suína”. No município, os dois casos suspeitos da doença não foram confirmados e, independente disso, a Secretaria já se prepara para a ocorrência de uma pandemia.

Seguindo recomendação do Ministério da Saúde, o município criou sua estratégia de prevença contra a doença. O Setor de Vigilância Epidemiológica realiza o plantão epidemiológico para triagem médica, implantou um posto de informação e realiza reuniões nas escolas. “Nós ainda estamos numa situação muito confortável em relação à gripe suína. Não há motivo para pânico”, disse Leileane Scheideger, secretária Municipal de Saúde, em entrevista ao vivo na FMZ nesta terça-feira (18).

Igreja em alerta

As medidas se estendem também à Paróquia da cidade. A partir do último domingo, por determinação do bispo da Diocese, estão proibidas saudações da paz e dar as mãos durante o “Pai Nosso” nas celebrações litúrgicas.

Cuidados também na hora da comunhão, que passou a ser recebida na mão e não na boca, e somente sob a espécie do pão. Incluem-se ainda restrições ao uso das pias de água benta nas portas das igrejas e mais capricho dos ministros na hora de lavar as mãos antes da distribuição da Eucaristia.

O pároco local, padre João Luiz Galvão, considera certas as medidas preventivas. “A igreja é um lugar com a presença de muitas pessoas, embora a nossa seja bem ventilada. É o melhor a fazer até que tudo volte ao normal”, diz o padre.

A gripe no Estado

Em todo o Espírito Santo, foram confirmados 17 casos de Influenza A, outros 18 de Influenza Sazonal (gripe comum), há 102 casos graves sob investigação e 39 foram descartados. Como os laboratórios não estão dando conta dos exames, ainda não foi confirmado o caso envolvendo a morte de uma menina de oito anos em Santa Maria de Jetibá, também na Região Serrana, e de um morador de Alto Caxixe, Venda Nova, que chegou a ser internado em Vitória, mas já retornou para casa e passa bem.

A situação epidemiológica da doença no Brasil e no mundo mostra uma pandemia com predominância de casos clinicamente leves e com baixa letalidade, como acontece com o vírus da gripe comum. Com a chegada do inverno, verificou-se o aumento dos números de casos de infecção por esse novo vírus e a circulação concomitante com os demais vírus da influenza.

De acordo com Marise Vilela, gerente administrativa da Secretaria de Saúde, A Organização Mundial de Saúde- OMS fez uma previsão há três anos da pandemia, incluindo a de gripe aviária, que ainda não chegou ao Brasil. “O mundo vive uma pandemia em nível 6 do vírus H1N1. Mas a população se esquece de que a dengue matou mais até agora no Estado do que qualquer tipo de gripe”, afirmou.

Desde a divulgação em massa da gripe suína, triplicou a quantidade de pessoas procurando os serviços de saúde em Venda Nova. “As pessoas devem evitar procurar o hospital sem necessidade. Na maioria dos atendimentos, o diagnóstico é o da gripe comum”, destaca a secretária Leileane Scheideger, para quem a tendência é diminuir a contaminação após passagem do período mais frio.

Ainda segundo a secretária, o que se verifica é que as gripes estão vindo mais fortes a cada ano, por isso gerou certo pânico na comunidade.

Diferenças entre a gripe comum e a gripe suína

GRIPE COMUM

– Febre abaixo dos 38 º graus

– Dor de cabeça de menor intensidade

– Calafrio esporádico

– Cansaço moderado

– Dor de garganta forte

– Tosses em menor intensidade

– Congestionamento nasal

– Dores musculares moderadas

– Leve ardor nos olhos

GRIPE A

– Febre com início súbito (acima dos 38 graus)

– Dor de cabeça intensa

– Calafrio frequente

– Cansaço extremo

– Dor de garganta leve

– Tosse seca e contínua

– Muco pouco comum

– Dores musculares intensas

– Intenso ardor nos olhos

Dicas de prevenção contra a gripe suína

– Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;

– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar;

– Não usar usar medicamentos sem orientação médica. A automedicação pode ser prejudicial à saúde;

– Pessoas com qualquer gripe devem evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas;

– Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço descartável;

– O uso de máscaras só é recomendado para pacientes contaminados;

– O álcool em gel tem assepsia ideal para desinfetar objetos e ambientes, mas não deve ser usado em excesso

* Mais informações ou dúvidas sobre a Gripe A, acesse o site: www.saude.gov.br ou ligue para o Disque Saúde 0800 61 1997

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