Hanseníase: quanto antes tratar, melhor

Governo faz campanhas para conscientizar a população/Imagem: Reprodução/Ministério da Saúde

* Valdinei Guimarães

valdinei@radiofmz.com.br

Janeiro é considerado o mês de combate à hanseníase. A doença contamina muitos brasileiros e capixabas todos os anos, mas pode ser tratada de forma simples e gratuita. Com medicação e acompanhamento médico, é possível curar a hanseníase e levar uma vida sem limitações. O importante é começar logo o tratamento. Quanto mais demorar, maiores são as chances de ficar com sequelas.

A doença é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae (M. Leprae), que é transmitida pelo ar. A hanseníase causa manchas na pele e, se não tratada, pode danificar os nervos. Se chegar a esse estágio, a doença pode causar danos como deformações em membros do corpo, feridas que não cicatrizam e perda de sensibilidade.

Funcionários da Secretaria de Saúde participam da campanha nacional de conscientização/Foto: Valdinei Guimarães

Apesar de ser transmitida pelo ar, não é fácil pegar a doença. A dermatologista Ariane Sibien Ruberth explica que não basta ficar perto de alguém que tem hanseníase para se contaminar. “Para contraí-la, precisa haver contato prolongado. Quem têm chance pegar são as pessoas que convivem diariamente com alguém que já tem a doença”, explica.

Porém, não é preciso se afastar das pessoas com hanseníase. Assim que o paciente começa o tratamento, ele deixa de transmitir a doença. “A partir da primeira dose de medicamentos, ela para de transmitir. Então a pessoa não tem que se afastar do convívio social. Ela pode voltar a trabalhar, a estudar, a ter uma vida normal”, esclarece a dermatologista.

O importante, de acordo com a médica, é procurar o serviço de saúde rapidamente. “Quanto mais cedo a pessoa procurar o médico, menos chances ela tem de ficar com sequelas. Uma dessas implicações da doença é a dor no nervo. Então, se a pessoa tratar logo, não dá tempo de a bactéria danificar o nervo e causar a dor. Se o paciente esperar, o tratamento vai matar a bactéria, mas os danos vão permanecer”, comenta a dermatologista.

Os números da hanseníase

A doença é conhecida há bastante tempo e tem tratamento fácil, feito com comprimidos. Mesmo assim, ainda afeta muitos brasileiros. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 33 mil novos casos de hanseníase em 2012. No mesmo ano, o Espírito Santo registrou 781 novas ocorrências da doença. Já em 2013, o Estado teve 728 novos registros.

Os dados de 2014 ainda não foram consolidados, mas haviam sido contabilizados 317 novos casos até o último mês de agosto. Em Venda Nova do imigrante, foram registrados dois casos no ano passado, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

Manchas podem ser mais brancas ou avermelhadas – Foto: Reprodução/Sociedade Brasileira de Dermatologia

Para conscientizar a população, o Governo Federal faz campanhas sobre a doença em todo o país. Funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Venda Nova também se mobilizam, vestindo cores para chamar a atenção dos pacientes para a prevenção da doença. O site do Ministério da Saúde com informações úteis sobre a hanseníase pode ser acessado aqui.

Os sintomas

Para descobrir a doença logo no início e procurar o tratamento o quanto antes, é preciso ficar de olho nos sintomas. “O mais importante de observar são as manchas na pele, que é o primeiro sintoma. A alteração na sensibilidade, que a maioria das pessoas acredita que vai ter, às vezes demora a aparecer. O que tem que ser observado mesmo são as manchas. Algumas são esbranquiçadas ou avermelhadas. Porém, ao sinal de qualquer mancha diferente na pele, o correto é a pessoa procurar atendimento médico, porque pode ser hanseníase”, explica a medica.

Se você perceber qualquer mancha suspeita, procure a unidade de saúde mais próxima da sua casa.

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