Hemocentro ultrapassa marca histórica de 60 mil cadastros de medula óssea

O Hemocentro de Vitória (Hemoes) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) atingiu, neste mês, a marca recorde de 62 mil cadastramentos de medula óssea, realizados desde 2002, quando o procedimento foi incluído como uma das atribuições da unidade. Na prática, isso significa que pessoas com doenças que acometem a produção de células sanguíneas, como leucemia, e que precisam de transplantes, têm mais chances de encontrar um doador.

O bom desempenho já vem há algum tempo. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), dos 132 transplantes de medula óssea – de uma pessoa para outra – realizados no Brasil em 2008, 32 (ou quase ¼ do total) tiveram origem no Estado. Ou seja, 32 pacientes com doenças graves que precisavam passar pelo procedimento em todo o País acharam o doador compatível no Espírito Santo.

De acordo com a coordenadora da Captação Externa do Hemoes, Sâmia Secchin, o número de cadastramentos atingiu uma importante marca, o que inclusive já foi reconhecido pelo próprio Inca, por meio de certificado. E como se trata de um procedimento simples e quase sem restrições, a quantidade de voluntários poderia ser maior.

“Fazer o cadastramento de medula óssea é fácil. Basta coletar uma amostra de 5ml de sangue do voluntário. E, além disso, qualquer pessoa entre 18 e 55 pode fazer o cadastro. É só procurar um dos Hemonúcleos da Sesa, em Vitória, Serra, São Mateus, Colatina e Linhares”, ressalta a coordenadora.

Ela acrescentou que espera participação ainda maior da população. “Os hemocentros da Secretaria de Estado da Saúde trabalham o ano inteiro na captação de voluntários, inclusive com ações externas de Norte a Sul. O ônibus do Hemoes viaja uma média de 25 mil quilômetros por ano. Temos mais de três milhões de capixabas e, por este ponto de vista, ainda vejo muito espaço de crescimento”, afirma a coordenadora.

Banco

Depois de colhida a amostra, ela vai para o banco de dados nacional de doadores de medula (com 1,3 milhão de cadastros), onde é feita pesquisa de compatibilidade de pacientes que precisam de transplantes. “Geralmente, quando há necessidade de transplante, a busca é feita entre os familiares do paciente, caso contrário, a pesquisa se estende ao banco nacional e, se for preciso, ao internacional”, conta Sâmia.

O problema é que 70% das pessoas que precisam de transplante não acham doador entre seus familiares e recorrem ao banco de doadores. E, como se não bastasse, achar um doador compatível fora da família é difícil, apenas um em cada cem mil consegue.

“Por isso, quanto mais cadastramentos melhor, já que o transplante pode ser a única opção para pacientes com câncer, como leucemia, linfoma, cujas incidências a cada ano são maiores do que o número de doadores compatíveis”, finaliza a coordenadora.

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