* Leandro Fidelis
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O Hospital e Maternidade Dr. Arthur Gerhardt, de Domingos Martins, na Região Serrana, comemora o baixo índice de infecção hospitalar, que é de 1% atualmente. Desde julho de 2013, uma comissão formada por profissionais da instituição utiliza um método de vigilância junto aos pacientes para reduzir a taxa de infecções. O trabalho deu resultados.
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) é formada por uma equipe multidisciplinar envolvendo médicos, enfermeiros e outros profissionais. O grupo é responsável pelo controle dos índices de Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (IRAS).
Julio Huber/Divulgação |
A médica Sara Valentim (diretora técnica da Comissão) e a enfermeira Maryana Wetler consideram os índices atuais satisfatórios. |
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária- Anvisa considera aceitável índice de infecção de até 5%. O hospital de Domingos Martins, que é filantrópico, realiza 120 cirurgias em média por mês. É durante ou depois das operações que as infecções ocorrem com mais frequência.
A quantidade de bactérias aumentou na unidade. Por isso, os profissionais passaram a usar o cotonete SWAB, que coleta o material no paciente e analisa.O SWAB tem um cabo comprido e absorve bastante os fluídos após esfregado na região do corpo onde é realizada a coleta.
Nesse procedimento, os pacientes que são transferidos de outras unidades passam por uma coleta de material de pele, e depois o material coletado é enviado a um laboratório para ser analisado.
Durante o período de análise do material coletado, o paciente fica em uma enfermaria específica e, dependendo do tipo de bactéria apresentada, multiresistente ou não, ele é transferido do local para outra unidade do Estado. Em todas as etapas, os pacientes são orientados pelos profissionais como uma forma de precaução e segurança.
A enfermeira do serviço de controle de infecção na unidade, Maryana Wetler, considera os índices do processo muito satisfatórios. “Nossa margem de infecção é de 1% e estamos desenvolvendo um trabalho constante para diminuir esse percentual”, disse Maryana. Ela afirma que a comissão só terá boletins comparativos a partir de 2015.
Segundo o médico infectologista e membro da CCIH, Raphael Lubiana, a intenção é identificar quais infecções são mais comuns no sistema de saúde e preveni-las. “Muitos fatores já foram identificados e uma série de medidas tomadas para melhorar o controle dessas infecções na unidade”, disse Raphael.
A Comissão também mantém contato com todos os pacientes que realizaram alguma cirurgia no Hospital de Domingos Martins após dez dias para acompanhamento sobre a evolução do quadro clínico. No caso das gestantes pós-cesariana, o acompanhamento é de 90 dias.