Segunda-feira (8) tensa na portaria do Hospital Doutor Arthur Gerhardt, em Campinho. O médico que estaria no plantão não compareceu e com isso muitos pacientes tiveram que procurar outros locais de atendimento.
A Fundação Hospitalar e Assistência Social de Domingos Martins (FHASDOMAR), entidade mantenedora do hospital, informou que o médico que ocuparia o plantão viajou e que o substituto deixou de comparecer ao trabalho, esvaziando o plantão desta segunda.
A funcionária pública de Marechal Floriano, A. K., reclamou que levou a mãe dela, com 80 anos, passando mal ao hospital e que a recepcionista disse que não havia médico plantonista. “Achei absurda a situação.
Outra mulher, L. A., que esteve na portaria da unidade hospitalar de Campinho para receber o resultado de um exame, disse que saiu decepcionada. “Não tenho dinheiro para pagar uma consulta médica particular. Afinal ganho somente o salário mínimo”, reclamou.
Explicação
“Estamos enfrentando dificuldade para contratar médicos para plantões de 24 horas. Não conseguimos fechar contratos com os profissionais porque os valores estão acima das nossas possibilidades”, afirmou o diretor da FHASDOMAR, Romério Botolini.
O diretor lembra que além dos pacientes de Marechal Floriano e de Campinho, a unidade atende a moradores de outros municípios como Viana, Guarapari, Alfredo Chaves, Santa Leopoldina e Santa Maria de Jetibá.
Ele ressalta que a entidade recebe o apoio financeiro da Prefeitura de Domingos Martins de R$ 40 mil, além de manutenção e motoristas para as duas ambulâncias. “Reivindicamos mais R$ 7,5 mil e a prefeitura vai bancar”, afirmou o diretor, lembrando que a Prefeitura de Marechal Floriano não colabora com a entidade.
Atualmente, segundo Bortolini, a dificuldade é enorme para contratar um médico com até R$ 800,00 por cada 24 horas de trabalho. “Os médicos reivindicam mais que isso. Um total que a não conseguimos pagar”, disse o diretor.
Na manhã desta segunda-feira (8), foi encaminhado um ofício para o Conselho Regional de Medicina (CRM) solicitando apoio da entidade no processo de contratação. Entramos também em contato telefônico com o médico Otto Baptista, presidente do Sindicato dos Médicos do Espírito Santo.
* Fonte: Folha Vitória