* Por Leandro Fidelis
A partir do próximo ano, o Hospital Padre Máximo- HPM, em Venda Nova, pode virar referência em atendimentos de traumatologia e de doenças cardiovasculares num projeto do governo do Estado que implicará grandes mudanças na estrutura da instituição. A decisão será durante assembléia extraordinária na próxima segunda-feira, 6 de outubro.
A adesão ao projeto foi assunto da reunião desta segunda (29) entre diretoria e conselho fiscal e parte do corpo clínico do hospital, equipe da Secretaria Municipal de Saúde e Associação de Voluntárias. Antes mesmo da proposta de regionalização do Governo, técnicos da Secretaria de Saúde de Venda Nova já vinham se preparando desde o início do ano em oficinas para organização da rede de urgência e emergência com duas consultoras do Ministério da Saúde. Verificou-se ser o Espírito Santo líder nacional em número de mortes e invalidez por traumas decorridos de acidentes automobilísticos e outros e doenças cardiovasculares.
Se a assembléia aprovar, a conversão do hospital, que é filantrópico, para nível 2 (saiba mais abaixo) já entra no Orçamento 2009. Localizado numa região que, na avaliação do Estado, é logisticamente favorável, o HPM passaria a atender aos 12 municípios da microrregião delimitada pela Secretaria de Estado de Saúde: Venda Nova, Ibatiba, Brejetuba, Afonso Cláudio, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Marechal Floriano, Alfredo Chaves, Piúma, Anchieta e Guarapari. A população estimada é de 500 mil pessoas.
De acordo com Eduardo Dalfior, da equipe técnica da rede, o Estado se espelha numa experiência bem sucedida de Minas Gerais. O Hospital Padre Máximo está no Plano Diretor de Regionalização da Secretaria de Estado da Saúde.
Segundo Dalfior, num primeiro momento o HPM contaria com o centro de traumatologia, com cirurgiões especialistas, sala de emergência, radiologia, bloco cirúrgico e laboratório 24 horas, emergencista, anestesiologista, ortopedista e agência transfusional, o que caracteriza a especificação de hospitais de nível 2. O Centro de Tratamento Intensivo- CTI também deverá ter no mínimo dez leitos, evitando transferências para hospitais da Grande Vitória. Toda a estrutura física do hospital passaria por mudanças. Outro centro de traumatologia no Espírito Santo será o Hospital de Santa Teresa.
A princípio estamos prevendo atendimento para uma população de 370 mil pessoas”, diz Dalfior. O atendimento passa a ser feito com base na classificação de risco, onde o caso mais grave tem preferência. Os considerados não graves recebem atendimento nas Unidades de Saúde ou Pronto-Atendimentos.
A diretoria do hospital acha conveniente a adesão ao projeto. A assembléia começará às 19 horas, mas o local ainda não foi definido.
Saiba mais
Os hospitais classificados com sendo de nível 2 contam com estrutura para atendimentos traumatológicos. Esta estrutura inclui:
– cirurgiões especialistas
– sala de emergência
– radiologia
– bloco cirúrgico e laboratório 24 horas
– emergencista
– anestesiologista
– ortopedista
– agência transfusional
