Durante a Semana Santa, aumenta o consumo e, consequentemente o comércio do palmito no Espírito Santo, já que este é um dos ingredientes utilizados na culinária capixaba típica desta época. O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) é o responsável, no Estado, por disciplinar a exploração da planta, com o objetivo de atender a demanda sem prejudicar o meio ambiente.
Por isso, o Idaf orienta os consumidores a dar preferência aos palmitos cultivados para o comércio, contribuindo, desta forma, com a preservação dos remanescentes da mata atlântica capixaba.
Para saber se o palmito possui origem legal, o consumidor pode solicitar ao vendedor a documentação comprovando que o produto tem autorização para ser extraído e comercializado. Dentre as espécies autorizadas estão os palmitos pupunha, coqueiro e o proveniente da palmeira real.
Já o palmito Juçara, por exemplo, não pode ser explorado em ambiente natural, por estar ameaçado de extinção. Em 2008 foi proibido também até 2012 o comércio do palmito da espécie Attalea dubia, conhecido como palmito Indaiá.
A medida foi adotada após constatação, pelos técnicos do Idaf, de que a maior parte do palmito indaiá em ponto de corte está localizada em Área de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal.
De acordo com o chefe do Departamento de Recursos Naturais Renováveis do Idaf, Robson de Almeida Britto, a ação educativa aliada à fiscalização tem conseguido modificar os hábitos do consumidor, que tem dado preferência ao palmito plantado, ou seja, que não é extraído no seu ambiente natural.
Ao longo de 10 anos temos trabalhado para transformar um dos ingredientes da torta capixaba, o palmito, em um produto ecologicamente correto, sem modificar o sabor e características da mesma. O número de apreensões vem caindo muito, pois o consumidor está mais consciente da importância de não comprar palmitos de origem nativa, afirma Britto.
Em 2008 foram comercializadas no Espírito Santo 42.209 unidades de palmito, sendo 50,41% originárias de plantios capixabas e 49,59% de palmitos oriundos da Bahia. Os palmitos coco e palmeira real foram os mais vendidos no Estado.
Comércio do palmito
A comercialização de palmito nas ruas é permitida somente em locais autorizados pelas prefeituras. Os pontos de comércio são fiscalizados pelo Idaf para a conferência da documentação de origem dos produtos.
Para realizar o controle e proteção florestal existem normas determinadas e são exigidos documentos que mostrem a origem do palmito e provem que o corte foi autorizado. É importante ressaltar que, mesmo em lugares autorizados, o comerciante deve ter consigo os documentos que comprovem a legalidade da extração.
O consumidor pode denunciar irregularidades no comércio do palmito por meio do telefone (27) 3132-1543.
* Assessoria Idaf