Inadimplência cresceu 16,9% de janeiro a agosto; veja dicas para sair do vermelho

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgado hoje (14), mostra que, em agosto, houve aumento de  16,7% na inadimplência em relação ao mesmo mês de 2014. Já na variação mensal, isto é, na comparação com julho de 2015, a inadimplência apresentou queda de 2,8%.

 

“A alta da inadimplência neste ano em relação ao ano passado, característica que vem predominando deste o início de 2015, é causada pelo cenário econômico bastante adverso à quitação das dívidas do consumidor: taxas de inflação, de juros e de desemprego bem mais altas neste ano de 2015. Já a queda em relação a julho de 2015 é explicada pela menor quantidade de dias úteis em agosto, 21 contra 23”, destaca a Serasa, em nota.

 

O valor médio das dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica) aumentou 22,5%, ao passar de R$ 363,17 (de janeiro a agosto de 2014) para R$ 445,02 (janeiro a agosto de 2015).

 

No acumulado dos oito primeiros meses de 2015 em comparação ao mesmo período do ano passado, os valores médios dos cheques sem fundos e da inadimplência com os bancos também cresceram: 9,7% (de R$ 1.715,50 para R$ 1.882,47) e 1,4% (de R$ 1.265,15 para R$ 1.282,87), respectivamente. Já o valor médio dos títulos protestados registrou queda de 2,9% (de R$ 1.428,39 para R$ 1.387,24).

 

Veja agora algumas recomendações do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) para  sair do vermelho:

 

Faça contas: o primeiro passo para sair do superendividamento é descobrir o quanto do seu orçamento está comprometido com dívidas. Para isso, divida o total das dívidas pela renda familiar. Esse resultado vai mostrar o quanto de sua renda já está destinada a esse fim. Com isso, você vai precisar partir para atitudes específicas. Vamos supor que cerca de 30% do seu orçamento está indo para as dívidas, está na hora de abrir mão de alguns gastos pessoais. Mas, se já passa de 50%, pode ser o caso de trocar o carro por um  modelo mais econômico. E se ainda o que entra não está dando nem para quitar as dívidas, o carro terá que ser vendido. 

 

Renda extra: há uma dica básica que serve para qualquer tamanho de dívida: toda renda extra, como 13º salário, férias ou restituição de Imposto de Renda, deve ser usada primeiro para quitar as contas. Apenas depois (se sobrar) você pode pensar em gastar ou poupar. 

 

Estilo de vida: mudanças no estilo de vida são fundamentais para sair do vermelho. Por exemplo, negociação com os credores, portabilidade de dívidas, ou em último caso um empréstimo usando sua casa ou seu carro como garantia. É importante lembrar, no entanto, que para dar bens como garantia é preciso ter muita cautela. Embora os juros possam ser mais baixos, não dê bens como garantia nem os venda se você não tem certeza que ainda assim não tem capacidade para quitar o débito ou, pelo menos, de reduzi-lo substancialmente. Cuidado para não perder o bem e ficar com a dívida. Ou pior: se endividar novamente. 

 

Multas e juros: é bom prestar atenção também à multa e aos juros cobrados em caso de atraso. A multa não pode ser maior do que 2% em relação ao total da dívida e os juros, por mês de atraso, não devem ultrapassar a 1% do total da dívida.

 

Fontes: Idec e EBC
Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

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