Intercâmbio fortalece agricultura para juventude rural

Eles são jovens com idade entre 17 e 18 anos, estudam em escola agrícola, trabalham com as famílias nas pequenas propriedades rurais e estão em busca de conhecimento e troca de experiências. A descrição poderia valer para qualquer jovem rural capixaba, mas trata-se de um grupo de italianos, da região do Vêneto, que está visitando o Espírito Santo, num intercâmbio promovido entre o Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo (MEPES) e as Escolas da Família Agrícola.

 

Durante uma semana eles ficarão no Estado, visitando propriedades e participando de eventos, como a Semana da Agricultura Familiar no município de Anchieta.

 

Os quatro estudantes e dois professores das áreas de agricultura, turismo e gastronomia visitaram, na manhã desta terça-feira (12), a Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) e foram recebidos pelo secretário Enio Bergoli e pela gerente de Juventude Rural, Célia Kiefer. Durante o encontro, conversaram sobre as semelhanças e diferenças da vida no campo entre os dois países, a importância da educação rural e a forma como os jovens atuam na agricultura.

 

O secretário falou sobre as potencialidades do Espírito Santo como grande produtor de café, borracha, gengibre, frutas, hortaliças, entre outros produtos, além da vocação para o agroturismo. Também destacou o trabalho social que o Governo do Estado realiza por meio da Seag.

 

“Mais do que um grande produtor de alimentos e divisas do agronegócio, também queremos melhorar a qualidade de vida das famílias que vivem no campo. Por isso é importante a realização de intercâmbios, como este, para colocar à disposição nossos conhecimentos e buscar experiências que deram certo lá fora”, explicou.

 

O estudante italiano Frederico Merlo, de 18 anos, vive com a família numa propriedade de 20 hectares. As atividades da família são o cultivo de pêssego, maçã e pecuária.  Ele diz que vai aproveitar a oportunidade para aprender como aumentar a produtividade utilizando menos espaço, já que em comparação com o Brasil, as propriedades rurais italianas possuem área extremamente menor.

 

Para o professor e engenheiro agrônomo Davide Toccheto, que acompanha os alunos na visita ao Brasil, o intercâmbio reforça a ideia de que é necessário unir desenvolvimento e valorização da família no campo. “Vimos isto acontecer em nosso País, com grande foco na educação rural e temos ótimos resultados. Também esperamos compartilhar nossa experiência no cooperativismo e associativismo”, disse.

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