A estação mais fria do ano começou nesta quinta-feira (21), às 07h07. Será que o capixaba poderá tirar o casaco do guarda-roupa nesse inverno? Quem explica é a Coordenação de Meteorologia do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
“Para 2018, espera-se que a passagem de frentes frias seja menos frequente e que as mesmas venham acompanhadas de massas de ar polar menos intensas. Assim espera-se um inverno não tão rigoroso com relação à temperatura. As chuvas devem ocorrer dentro da normalidade para a estação, com os maiores acumulados sendo observados principalmente no setor sudeste do Estado”, explicou a meteorologista do Incaper, Thábata Brito.
A expectativa é de um inverno diferente em relação ao ano passado. O inverno de 2017 no Espírito Santo teve má distribuição espaço-temporal das chuvas. Somente o mês de julho teve chuva acima da média esperada. Em relação à temperatura, a estação foi mais fria que o normal em todo o Estado, com tardes mais amenas e madrugadas ainda mais frias. A madrugada mais fria do ano foi em 07 de agosto de 2017, quando a estação meteorológica do Incaper em Aracê registrou 3,2 °C.
E como fica a agricultura com a chegada do inverno?
Com a chegada da estação, muitas plantas diminuem suas atividades fisiológicas. Algumas espécies entram em dormência, e muitas plantas dependem do frio para florescerem no início da primavera. Videiras, abacaxizeiros, entre tantas outras espécies, dependem de temperaturas mais baixas para florescerem naturalmente.
“Por outro lado, algumas espécies precisam dos dias mais curtos e do frio invernal para produzirem, como algumas variedades de morango e diversas hortaliças, que apresentam maior produção durante o período mais frio do ano. Temos grande oferta de morango, chuchu, inhame, citros, abacate, couve-flor, alface, repolho, batata baroa, entre tantas outras olerícolas”, explicou a extensionista do Incaper Cintia Bremenkamp.
Mais sobre a estação
Quem visita as montanhas capixabas, muitas vezes observa algumas das principais características da estação, como as constantes inversões térmicas e a ocorrência de nevoeiros, principalmente na Região Serrana, que costumam acontecer entre a noite e o início da manhã. Eles são causados pela umidade relativa do ar elevada, grande resfriamento da superfície e ar estável, quase sem vento. No período da tarde, a umidade relativa tende a diminuir longe do litoral, algumas vezes atingindo valores críticos (abaixo dos 20%). Os baixos valores de umidade relativa são prejudiciais à saúde e, associados ao baixo índice pluviométrico da estação, favorecem a ocorrência de incêndios.
A média acumulada de precipitação para a estação fica, em média, abaixo dos 100mm no oeste do estado, entre 200mm e 300mm no sudeste e entre 100mm e 200mm nas demais regiões. As temperaturas máximas médias ficam em torno dos 24ºC na Região Serrana e dos 27ºC nas demais regiões. As temperaturas mínimas médias ficam em torno dos 13ºC na Região Serrana e dos 17ºC nas demais regiões.