Livro sobre Afonso Cláudio relata primeira exumação no Brasil

A primeira exumação de cadáver que se tem notícia no Brasil ocorreu em Afonso Cláudio, no século de 19. O relato faz parte do livro “Afonso Cláudio – Cronologia da Sua História Política, Administrativa, Cultural, Social e Esportiva de 1850 a 2009”, que foi lançado quarta-feira, dia 21 de outubro, no Centro Cultura José Ribeiro Tristão, no Centro da cidade.

A obra é de autoria de José Eugênio Vieira, economista, ex-secretário de Estado e atualmente diretor de atendimento do Sebrae-ES. Nascido em Afonso Cláudio, o escritor realizou um amplo trabalho de pesquisa, reunindo depoimentos, documentos e mais de 200 fotos que relatam o passado do município.

Sobre a exumação, ele conta que, por volta de 1850, o imperador Dom Pedro II enviou o carioca Jorge Gomes para arregimentar homens na região de Afonso Cláudio, com o objetivo de participar da Guerra do Paraguai. O enviado conseguiu formar o grupo, levou-o para a guerra e retornou a Afonso Cláudio, dessa vez nomeado pelo imperador para a função de delegado de captura.

Porém, logo depois, foi assassinado, provocando a indignação de Dom Pedro, que exigiu a apuração do crime e mandou uma equipe de legistas do Rio de Janeiro até o local, para fazer a exumação do corpo. As investigações chegaram ao criminoso, que foi punido, e o corpo de Jorge Gomes retornou a sua terra natal, o município de Vassouras (RJ), onde foi sepultado.

Curiosidades

Entre os fatos curiosos narrados na publicação, está o de duas crianças siamesas nascidas no município, em 21 de setembro de 1893. Oito anos depois, sensibilizado com a situação, o médico de Vitória Chapeau Prevot levou as meninas para fazer uma cirurgia no Rio de Janeiro, onde ficaram internadas por seis meses na Casa de Saúde São Sebastião. Somente uma resistiu e foi amparada pelo médico por toda a vida, morrendo com quase 90 anos. Por causa desse caso, o Estado recebeu a primeira máquina de raio-x de sua história. Prevot importou o equipamento para analisar as siamesas que, se estivessem vivas, hoje estariam com 110 anos.

O livro também relata os conflitos entre lideranças políticas dos municípios de Afonso Cláudio, Itarana e Itaguaçu, durante a queda do império e o início da república. A cidade de Afonso Cláudio chegou até a ser invadida por grupos rivais vindos de Itarana e Itaguaçu. Também de curiosidade, o livro fala do caso de Manoel Velho que, pelos documentos, faleceu aos 134 anos. Ele nasceu no Rio de Janeiro e chegou a Afonso Cláudio por volta de 1855, junto com famílias cariocas e mineiras que se instalaram na região. Segundo José Eugênio, há relatos de que Manoel Velho teria construído uma das primeiras casas na Praça da República, no centro do Rio, na época em que Dom Pedro II morava na capital carioca.

* Contatus Comunicação

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