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Lorenção lançam novo embutido

•Por Leandro Fidelis

Duas viagens à Itália (uma no ano passado com um grupo de produtores do agroturismo) enchem de inspiração os Lorenção, de Venda Nova. O intercâmbio naquele país rende novos produtos tradicionais na agroindústria da família, na Tapera.

Um deles é o “culatello”, cuja produção está acelerada por causa da Festa da Polenta, em outubro. Trata-se de um embutido de carne de porco como o socol, só que feito da parte nobre do pernil.

Temperado com uma mistura de ervas aromáticas, as peças ficam de seis a oito meses em processo de cura. O socol, do lombo suíno, leva, em média, cinco meses.

“Fui à Itália em 97 e conheci o culatello. No ano passado, Dete trouxe as informações que faltavam para iniciar a produção”, conta José Ednes Lorenção, marido da produtora Dete e filho do casal Máximo e Cacilda Lorenção, pioneiro do socol em Venda Nova.

Cerca de 50 peças estarão à venda na lojinha da propriedade. A Família ainda não levantou o custo para estipular o preço da unidade ou quilo, as aposta no sucesso da iguaria entre os consumidores de produtos do agroturismo. “O paladar é muito saboroso e combina com degustação de cachaça”, afirma Dete.

Outras novidades são o “limoncello” e o “caponata agridoce”. O primeiro é um licor de limão siciliano, fruto originário da Itália, hoje só produzido no Brasil em São Paulo e na propriedade de Benjamin Falqueto, em Venda Nova.

Já a caponata é mais uma variedade de antipasto à base de berinjela, pimentão amarelo, macadâmia, entre outras iguarias. Atualmente, os Lorenção produzem tomate seco (feito com tomate italiano), antipasto de tomate verde, doce de limão e lichia.

Socol na vitrine do Brasil

Com o nome “Comunidade do Socol”, os produtores Dete Lorenção, da Tapera, e Angelim Falqueto, de Alto Bananeiras, vão divulgar o socol no Salão Terra Madre Brasil, que acontecerá durante a Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, em Brasília, de 4 a 7 de outubro.

O evento acontece numa parceria do Ministério do Desenvolvimento Agrário e “Slow Food”, um movimento contrário ao “fast-food”. O Terra Madre vai mostrar as comunidades de alimentos tradicionais que perpetuam a cultura por meio da gastronomia em várias regiões brasileiras.

De acordo com Rita Zanúncio, economista doméstica do Incaper, chefs de cozinha do país inteiro criarão receitas com estes produtos durante o evento na capital federal.

Dete está animada e vê possibilidade de crescimento. “Venda Nova é o único lugar do Brasil que tem tradição no socol e a Família Lorenção foi a primeira a comercializá-lo. Participar desta feira nos faz perceber que nosso produto não está sendo valorizado só no Estado, mas em nível de Brasil”.

O produtor Angelim também tem boas expectativas. “Vai ser bom para Venda Nova e para todos nós que fazemos socol”.

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