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Mais de 850 pessoas estão desaparecidas no Espírito Santo

* Por Leandro Fidelis

O Espírito Santo tem 865 pessoas desaparecidas nas contas da Secretaria Estadual de Segurança Pública relativas ao primeiro semestre deste ano. Sem deixar pistas ou fazer contato com os familiares, somem quatro capixabas em média por dia, de crianças a idosos.

No mesmo período de 2007, foram registrados 977 casos de desaparecimento. Destes, apenas 159 pessoas foram encontradas. Neste ano, 299 pessoas voltaram para casa com ajuda de investigação policial e divulgação da foto nas ruas e na Internet.

O sofrimento das famílias de desaparecidos virou rotina nos noticiários. Uma dor que mobiliza amigos, bairros, cidades e até o Estado na esperança de localizar, com vida, um familiar sumido.

É o caso dos familiares da professora Fábia Machado Lázaro, de 25 anos, que sumiu misteriosamente em Venda Nova. Hoje faz dez dias que a jovem saiu da república onde morava na cidade para pegar um ônibus para a casa do namorado em Irupi, Sul do Estado.

Parentes e amigos da professora estão espalhando cartazes em toda a Região Serrana e em outros municípios capixabas. Em Piaçu, Distrito de Muniz Freire com 5.000 habitantes, onde moram seus pais, o clima é de solidariedade.

“Nossos amigos estão rodando a região e até Minas Gerais, onde apareceu a bolsa da Fábia, em busca de algum sinal da minha irmã. Nunca recebemos tanto apoio das pessoas”, expõe o professor Eduardo Machado, irmão da jovem desaparecida.

Internet

Até uma comunidade no Orkut foi criada na tentativa de localizar Fábia. Todos os dias os seus membros vão recrutando novos perfis para aumentar a corrente de solidariedade na Internet. Até desconhecidos se dispõem a ajudar.

Como a professora não tinha uma página na rede de relacionamentos, as mensagens de apoio chegam através do Orkut dos amigos.

A enfermeira Luana Careta, de Castelo, publicou fotos da professora no seu álbum e até trocou a sua apresentação para “Procura-se Fábia” desde que a professora desapareceu. “Meu pai é quem tem mais contato com a família dela. Estão todos muito arrasados. A mãe fica na porta de casa achando que a filha vai chegar a qualquer momento”, disse.

Em Irupi, a professora Marília Varoto, que trabalhou com Fábia durante um ano naquela cidade, também fez da sua página de relacionamentos na Internet uma corrente para ajudar os familiares da Fábia. “É o mínimo que eu posso fazer para tentar encontrar uma pessoa tão querida como Fábia. Torço para que esta história tenha um final feliz. Tenho muita fé”.

Para a polícia de Venda Nova, o desaparecimento dela continua sendo um mistério. A delegada Maria Elisabete Zanoli sustenta a hipótese de assassinato.

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