* Redação FMZ
A malária é uma doença que a população da Região Serrana está acostumada a conhecer apenas por meio do noticiário, que informa sobre casos em locais distantes, geralmente no norte do Brasil. Porém, a doença pode ocorrer também nos municípios das montanhas. Venda Nova do Imigrante, aliás, já registrou dois casos de malária desde 2014. Para prevenir, é preciso combater o mosquito transmissor.
Doença é transmitida pela picada do mosquito-prego – Foto: Reprodução/Wikimedia Commons |
A doença é transmitida pela picada do “mosquito-prego” e costuma causar sintomas como mal-estar, cansaço, dor muscular, dor de cabeça, náusea e tremores, dentre outros. “Dependendo do agente infeccioso, a febre pode ser contínua, diária, ou ocorrer em períodos de 36 a 48 horas. Pode durar dois dias, parar no terceiro e depois retornar”, explica Helaine Belisário Ambrozim, enfermeira da Secretaria de Saúde de Venda Nova.
Ela trabalhou no tratamento de um dos casos que aconteceram no município. As duas ocorrências atingiram homens. A primeira foi registrada no ano passado, na localidade de Providência, e a outra foi documentada pela Secretaria Municipal de Saúde em 2015 no Distrito de São João de Viçosa. O tipo de malária registrada em Venda Nova não é o mesmo encontrado na Amazônia.
A malária não tem vacina, mas a boa notícia é que ela pode ser tratada e curada. O tratamento é feito com medicamentos, todos gratuitos e oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O paciente toma a medicação e é monitorado durante um período. São feitos vários exames para acompanhar a pessoa até que ela esteja curada”, explica a enfermeira.
Para prevenir a malária, a dica de Helaine é usar repelentes de mosquitos e roupas de manga longa quando estiver próximo às áreas de mata, locais onde o inseto costuma viver. “Os horários em que o mosquito-prego é visto com mais frequência são no fim da tarde e início da manhã”, alerta a enfermeira.