13h30
A Secretaria de Saúde de Domingos Martins começa com mudanças na aplicação de vacinas em todo o município. A partir deste mês, o procedimento passa a ser agendado conforme cronograma estabelecido pela Coordenação Municipal de Imunização.
A medida foi adotada em função da redução no envio de doses pelo Ministério da Saúde. Em nota informativa o Governo Federal esclarece que muitas vacinas estão indisponíveis nos mercados nacional e internacional. Algumas delas só estão sendo ministradas aos grupos prioritários, como por exemplo a de Tétano aplicada agora somente em vítimas de acidentes e em gestantes.
As demais vacinas que seguem o agendamento são: Tríplice Bacteriana (tétano, difteria e coqueluche); Tríplice Viral (rubéola, caxumba e sarampo); Tétano Poliomielite injetável (VIP); Febre amarela; Poliomielite oral e BCG.
“Essa iniciativa é para evitarmos o desperdício. O Governo Federal encaminha para o município frascos com 10 ou 25 doses, uma vez aberto esse material tem validade muito pequena, em alguns casos, são apenas algumas horas. Decidimos agendar esses procedimentos para não perdermos doses e atender a população”, explica a referência técnica municipal de imunização, Iderlene Gutler.
A população deve estar atenta ao cronograma, disponível no site www.domingosmartins.es.gov.br. “A população pode procurar a unidade de saúde mais próxima, todas as salas de vacina acompanham este agendamento, ou nos contatar pelo telefone (27) 3268-3254”, complementa Iderlene.
As demais vacinas constantes no Programa Nacional de Imunização continuam à disposição da população diariamente, em todas as unidades de saúde do município.
Município já trabalha com novo calendário
As unidades de saúde de Domingos Martins já estão realizando os procedimentos de vacinação de acordo com o novo Calendário Nacional de Imunização, válido desde o dia 4. Segundo o Ministério da Saúde, foram alteradas doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite e o número e doses da vacina de HPV, que não será mais necessária a terceira dose.
Uma das principias mudanças é na vacina papiloma vírus humano (HPV). O esquema vacinal passa para duas doses, sendo que a menina deve receber a segunda seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira dose. Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre de 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.
Para os bebês, a principal diferença será a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia, que a partir de agora será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas poderá ser tomado até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.
Polio
Já a terceira dose da vacina contra poliomielite, administrada aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. A mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, tendo em vista a proximidade da erradicação mundial da doença. No Brasil, o último caso foi em 1989.
A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois, quatro e seis meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.
Também haverá mudança da vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra meningite causada pelo meningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.
Fonte: ascom/PMDM