O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) solicitou ontem novas investigações sobre o suposto homicídio da adolescente Tania Rodrigues Pereira, desaparecida desde 2009. De acordo com o MP-ES, apesar da confissão do autor do crime, o taxista Deonésio Geike, os exames de DNA realizados no laboratório da Polícia Civil não comprovam ser de Tania o material encontrado em 2012.
O crime aconteceu em Marechal Floriano, região serrana do Estado. A adolescente, desaparecida desde 2009, foi supostamente encontrada na mesma cova onde estava enterrada sua prima, Thais Lyrio de Andrade, morta em 2012. O taxista Deonésio Geike confessou ter assinado as duas jovens. Porém, os materiais recolhidos no cadáver encontrado não coincidem com as análises de DNA realizadas em laboratório.
Além da realização de um novo exame de DNA, o MP-ES pede que o exame seja realizado em outro estado e que uma nova perícia seja feita no local onde os ossos foram encontrados. A quebra de sigilo de dados cadastrais e de fluxo de comunicações da jovem no período entre seu desaparecimento e a confissão de seu assassinato pelo taxista, também foram solicitados.
Segundo o MP-ES, o laudo cadavérico apenas confirma que a ossada se trata de um indivíduo do sexo feminino, compatível com fase final de adolescência e com aparência física média e estatura estimada em torno de 1,65 cm, o que não demostra precisão para estabelecer a identificação do corpo e causa da morte.
Somente com o assassinato de Thais Lyrio, Deonésio foi condenado a 21 anos por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e dois anos por ocultação de cadáver, totalizando 23 anos de reclusão. A Justiça espera a comprovação do exame para dar sequência ao julgamento do taxista. (*Com informações do G1/ES).