* Texto editado/ Folha Vitória

O assassinato de uma agricultora a golpes de faca abalou a comunidade rural do distrito pomerano de Melgaço, distante 28 quilômetros da sede de Domingos Martins. A vítima é Irene Schöreder, 41 anos. O acusado de cometer o crime é o marido dela, Roberto Santana, 38.

Além de uma perfuração profunda no pescoço, o corpo da mulher apresentava um afundamento no crânio, provocado por uma pancada forte. Uma equipe da Polícia Civil realizou perícia no local do crime e o corpo foi encaminhado para o DML de Vitória.

O crime aconteceu por volta das 14 horas deste domingo (25) no quarto do casal. Uma filha de Irene e Rogério, de 14 anos, conforme parentes da vítima, teria presenciado o crime. Ela gritou desesperadamente pedindo socorro aos vizinhos. Quando os moradores chegaram ao local encontraram o casal caído no quarto, que estava banhado por sangue.

Após matar a mulher, Roberto simulou um suicídio. Ele usou a mesma faca para fazer um corte no pescoço. Contudo, a lesão foi apenas superficial. O ferimento de Roberto foi suturado por médicos do Hospital Doutor Arthur Gerhardt, em Domingos Martins. Ele passa bem e está em observação médica.

Irene Schöreder e Roberto Santana foram socorridos pelos parentes dela e transportados em carros particulares até o hospital. Irene chegou em estado gravíssimo e morreu quando os médicos prestavam os primeiros socorros.

A unidade hospitalar entrou em contato com a 6ª Companhia Independente de Polícia Militar. Roberto está sob escolta do sargento Rogério e soldado Medeiros. De acordo com o capitão Marcelo Muniz, a PM permanecerá durante o tempo que for necessário no hospital até liberação do preso. “Santana será encaminhado ao DPJ de Cariacica onde deverá ser autuado em flagrante pelo delegado de plantão.”

Parentes de Irene estavam indignados com a situação. O agricultor Gilmar Schöreder, sobrinho da agricultora assassinada afirmou que Roberto bebia e maltratava a família. “Ele esteve preso há poucas semanas por ter tentado contra a vida da própria filha.”.

Para outra parente da vítima Dolinha Schröder, o acusado pôs fim à vida de uma das mulheres mais trabalhadoras da região de Melgaço. “Ela cuidava de dez mil pés de café, capinava, adubava, colhia e e comercializava. Além disso, Irene trabalhava como meeira em propriedades com cafezais de vizinhos. Era uma máquina de trabalhar. Este homem não poderia ter feito isso com ela”.