Nas montanhas do ES se fazem bons negócios

* Leandro Fidelis

(leandro@radiofmz.com.br)

A fachada toda em vidro da CGC Nascimento emoldura as montanhas de Venda Nova do Imigrante, na Região Serrana do Espírito Santo. É essa pintura natural que Carlos Nascimento vê todos os dias do seu trabalho. E foi a mesma paisagem que pesou na hora de o empresário escolher ficar e investir na cidade com 22 mil habitantes.

Mas engana-se quem pensa que a decisão de Carlos o impediu fazer bons negócios. Foi ali mesmo que conquistou clientes além das divisas da serra capixaba. Com 21 anos no mercado, hoje a CGC é a única empresa da região com a certificação ISO 9000 no segmento de produtos, peças e serviços para a indústria.

Fotos Leandro Fidelis

Com 21 anos no mercado, hoje a CGC é a única empresa da região com a certificação ISO 9000 no segmento de produtos, peças e serviços para a indústria.

A história da CGC serve para ilustrar como o empreendedorismo pode se manifestar em qualquer lugar, sob qualquer condição. A CGC Nascimento conta atualmente com 2.400 clientes, sendo 800 com contratos fixos. Desses, 45% são de fora da Região Serrana e outros 10%, de mineradoras do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

Entre os atuais contratos firmados, estão o da Vale, o de três anos com o Perim Center, em Cachoeiro de Itapemirim, atendendo toda a parte elétrica do empreendimento; com a Samarco, prestando serviço para o Forno 03; com a Cacimbas, em Linhares, Norte do Espírito Santo, no sistema de refrigeração da unidade da Petrobrás e nos poços de petróleo da estatal em Jaguaré, também no Norte, sem contar os contratos de prestação de serviço com a Oi Telemar para atender a todo o território capixaba.

Para chegar a esse reconhecimento, Carlos Nascimento conta que foram necessários dez anos dentro de um processo de aprimoramento, qualificando sua equipe de colaboradores para o segmento de assistência técnica e venda de produtos para a indústria.

O empresário explica que a CGC preza por uma qualificação permanente devido ao lançamento de novos produtos a todo o momento no mercado. O processo é interno, mas diante da velocidade dos negócios, Carlos não descarta a contratação de profissionais já prontos. “Manter-se no topo é uma atualização constante de todo o processo”, diz.

Para chegar a esse reconhecimento, Carlos Nascimento (2º da esquerda para direita) conta que foram necessários dez anos de aprimoramento da sua equipe.

O carro chefe da CGC são os motores da multinacional brasileira WEG, com sede em Jaraguá do Sul (SC), parceira há 19 anos. É possível achar desde uma esteira de ginástica até um motor de forno para companhias como a CST e Samarco ou um compressor com 600 cavalos de potência, uma peça sempre solicitada pela Companhia de Alimentos Uniaves, de Castelo.

E o caminho para a obtenção da ISO 9000 começou há cinco anos, com a entrada da CGC na Rede Petro, Rede das Empresas da Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energias do Espírito Santo. De acordo com Carlos, foram sorteadas 23 empresas capixabas, sendo a sua a única da Região Serrana e a terceira do Estado no seu segmento entre as selecionadas.

Além da certificação da Organização Nacional da Indústria do Petróleo- Onip, a empresa foi cadastrada no portal Petróleo e Gás, com acesso pelas maiores indústrias do país. Assim, a CGC aumentou sua visibilidade e, consequentemente, sua rede de contatos.

 
“Isso representa todo o esforço nos últimos anos. Somos gratos ao reconhecimento que o mercado nos deu. É possível para qualquer empresa, mas é preciso saber onde ela quer chegar. A capacidade profissional da empresa se desenvolve automaticamente quando se tem objetivo.” 
 
A ISO 9000 reconheceu a CGC em maio deste ano, e todo o portfólio da empresa está sendo reestruturado para vincular a marca da certificação.

Resitech é referência no gerenciamento de resíduos de granito

Há quatro anos, entrou para o time das pequenas empresas de referência em Venda Nova do Imigrante a Resitech Gerenciamento Ambiental. Com manejo mensal de 50 toneladas de resíduos diversos não-recicláveis, a Resitech conta com clientes de Norte a Sul do Estado e também do Rio e Minas, em especial do setor de mármore e granito.

A Resitech é fruto da parceria entre Vinícius Bernardi, tecnólogo em saneamento ambiental e diretor técnico e financeiro; Wallace Uliana, diretor comercial e logístico (foto) e José Carlos Favero, diretor operacional.

Quase 60% da clientela atuam nesse ramo, gerando alto volume de resíduos, entre abrasivos para polimento de chapas, sacarias de cal, latas de resina e EPI (Equipamentos de Proteção Individual). Um dia antes da reportagem, um único tear de rochas ornamentais de São Mateus, Norte do Estado, terceirizou o gerenciamento de seis toneladas de EPI.

Dos 420 contratos fixos da Resitech, 90% são de pequenas empresas, da agroindústria, construção civil, indústrias de confecção e moveleira, oficinas mecânicas, postos de combustíveis, entre outros.

 
A Resitech é fruto da parceria entre Vinícius Bernardi, tecnólogo em saneamento ambiental e diretor técnico e financeiro; Wallace Uliana, diretor comercial e logístico, e de José Carlos Favero, diretor operacional. O trio apostou em um negócio inovador, que começa na coleta, passa pelo transporte e vai até o armazenamento dos resíduos, dentro de normas impostas pela atual legislação ambiental.
 

De acordo com Bernardi, a filosofia da Resitech é dar destinação adequada a todo tipo de resíduo, exceto os da área de saúde, de forma a incentivar a sustentabilidade ambiental em pequenas, médias e grandes empresas. “A nossa atividade é essencial para os nossos clientes. Hoje em qualquer atividade empresarial e humana inevitavelmente se geram resíduos. E os impactos ambientais também advindos de toda atividade são em relação ao que se é colocado no meio ambiente. O gerenciamento de resíduos é primordial para quem trilha o desenvolvimento sustentável.”

Valério Sossai, da Sossai Auto Peças e Mecânica, de Venda Nova, é um cliente satisfeito com o serviço da Resitech e destaca os benefícios dessa parceria. “Hoje as leis ambientais exigem que todo material seja dividido em classe. O nosso tem resíduo de óleo, e com o service da Resitech, evitamos a contaminação. Não teríamos condição de armazenar se não fosse a empresa na cidade recolhendo esses resíduos todo mês.”

Atualmente, a Resitech funciona em um galpão arrendado às margens da BR-262, na localidade de Tapera. A empresa tem planos, a curto prazo, para a construção da sede própria. Um terreno já foi sondado, e o objetivo é um armazenamento mais seguro para os resíduos. 

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