Para se produzir um morango doce, suculento, de sabor marcante e cor vermelha intensa, os produtores capixabas contam com o apoio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). E uma recente pesquisa, ainda inédita, gerou mais uma técnica para melhorar a rentabilidade na produção de morangos.
O estudo foi desenvolvido pelo pesquisador André Guarçoni, que trabalha no Centro Regional de Desenvolvimento Rural Centro-Serrano do Incaper. Ele analisou a aplicação de fertilizantes na água da irrigação (fertirrigação) a fim de melhorar a produtividade do morangueiro. "O maior benefício destes resultados se refere à rentabilidade da produção. Ao reduzir o custo de produção, é possível conseguir maior lucratividade”, explica Guarçoni.
Antes, as doses desbalanceadas de nitrogênio e potássio na fertirrigação eram responsáveis por diversas características não muito interessantes. O morangueiro poderia produzir mais folhas do que frutos, frutos de baixa qualidade e estava mais suscetível ao ataque de pragas e doenças. Além disso, os solos onde eram instaladas as lavouras estavam sujeitos a apresentar elevados índices de salinidade, o que reduz a produtividade.
Para chegar à dosagem ideal, Guarçoni fez diversas combinações com sete doses de nitrogênio e sete de potássio numa lavoura experimental de morango da variedade Camarosa em Pedra Azul, Domingos Martins. “Nosso próximo passo é implementar a tecnologia numa propriedade rural para validar os resultados. Vamos mobilizar pesquisadores e extensionistas do Incaper e envolver os agricultores da região”, conclui Guarçoni.
Depois que os resultados forem comprovados, todos os detalhes do procedimento serão submetidos a entidades de pesquisa, para que atestem o ineditismo e a eficácia dos trabalhos de Guarçoni.