Nova sede beneficia negócios de cooperados da Pronova

*Edimara Garbelotto

(edimara@radiofmz.com.br)

 

União, organização e persistência, essas três palavras definem o sucesso alcançado pela Cooperativa de Cafeicultores do Espírito Santo – Pronova, segundo palavras de um dos seus cooperados mais antigos, Benjamim Falqueto, 86 anos. A instituição, que tem Sede em Venda Nova do Imigrante, nasceu da vontade de pequenos cafeicultores da região, que em 1989 criaram uma associação para fortalecer seus negócios. Em 2004, com a necessidade de formalização, a transformaram em cooperativa. Atualmente, a Pronova conta com 200 cooperados, de 13 municípios da Região Serrana do Espírito Santo.

 

“No início, por qualquer dinheiro a mais os produtores vendiam o seu café por fora. Mas, os que persistiram e se uniram, fortaleceram seus negócios, e tudo isso só foi possível graças ao trabalho cooperado. A infraestrutura que temos na cooperativa hoje levaria anos para conseguirmos adquiri-la sozinhos, e isso garante um café de qualidade”, declarou Falqueto.

 

Visando não só manter a qualidade, mas também o ritmo acelerado de desenvolvimento da cooperativa, buscando sempre a sustentabilidade de seus negócios, a Pronova está ampliando sua estrutura física, construindo uma nova sede e modernizando seus equipamentos.

 

A nova Sede é mais uma ferramenta que o produtor vai ter para seu agronegócio além da propriedade dele. Para colocar o produto no mercado ele tem que prepará-lo, e nesse espaço o cooperado terá toda a infraestrutura necessária para o rebeneficiamento do café”,afirmou Pedro Carnielli, diretor administrativo e financeiro da Pronova.

 

Com a infraestrutura disponível na cooperativa, os serviços de orientação técnica e de acompanhamento da produção do café, os cooperados conquistaram em dezembro de 2005, do Selo do Comércio Justo (Fairtrade), ou seja, da Certificação junto à FLO-CERT, uma das certificações mais importantes em nível de agricultura familiar.

 

Com a certificação Fairtrade, a Pronova fomentou ainda mais entre seus cooperados a produção de cafés especiais, e aproximou esses pequenos produtores da Região Serrana do Espírito Santo de um mercado diferenciado para a comercialização dos seus grãos. Tudo isso, porque a certificação torna o produto reconhecido internacionalmente como sustentável do ponto de vista social, ambiental e econômico, com maior valor agregado, deixando de ser uma simples commodity.

 

 

A concretização de um sonho

O anseio por um espaço amplo para rebeneficiamento do café, com equipamentos mais modernos e suporte necessário para a preparação do café especial para exportação, surgiu há cerca de três anos durante as reuniões realizadas pelo Comitê de Produtores da Pronova. Nesse tempo, o Conselho Administrativo da cooperativa buscou formas de viabilizar esse custo.

 

 

Parte do investimento realizado na construção da nova Sede veio de recursos próprios da cooperativa, que no ano de 2011 teve faturamento de R$10 milhões. No entanto, a concretização desse projeto só foi possível com os recursos angariados junto ao Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo – BNDES, no valor de R$ 1,64 milhão, via linha de ação para o Desenvolvimento Regional Sustentável do Banco do Brasil- DRS-BB.

De acordo com o presidente da Pronova, Pedro Carnielli, o projeto total da nova sede prevê R$ 3 milhões de investimentos, parte desse montante garantido por meio de parcerias. Como exemplos dessa parceria estão o caminhão de carga pesada e a empilhadeira, disponibilizados pela Secretaria de Estado da Agricultura- Seag.

 

Para o cooperado Alfredo Sossai, 70 anos, que possui uma propriedade na Comunidade de Tapera, em Venda Nova, a nova estrutura física da Pronova irá melhorar o custo do beneficiamento do café de qualidade.  

 

“A cooperativa tem crescido muito, e junto com esse desenvolvimento surgiu a necessidade de um espaço mais amplo, com equipamentos para o rebeneficiamento do café. Devido a exigência de qualidade da certificação Fair Trade, precisávamos pagar para que outras cooperativas finalizassem o processo de preparação do café, agora, com a modernização de nossa Sede podemos fazer todo o processo e negociar diretamente com a empresas estrangeiras para a exportação”, explicou Sossai.

O investimento em equipamentos para a exportação de café de qualidade ajuda a cooperativa como um todo. Sossai, que é membro do Comitê de Produtores, explica que mesmo que o preço do Comércio Justo não esteja tão mais vantajoso que o mercado interno, o Fairtrade concede ao produtor um prêmio pela venda de cada saca de café. Esse beneficio, dado em dinheiro, é concedido diretamente à cooperativa, para então ser investido em capacitações para os cooperados, ou em infraestrutura.

 

“Como membro do comitê tentamos alertar os produtores para essa vantagem coletiva na venda para o mercado externo, mesmo que atualmente o preço não esteja tão mais alto. Como cooperados devemos pensar em melhorar a cooperativa, é assim que nos fortalecemos”, declarou o produtor.

Confira mais Notícias

Resultado do Sicoob ES alcança o recorde de R$ 873 milhões em 2022

Coopeavi: inscrições para cursos online gratuitos vão até o próximo sábado (25)

Sicoob Sul-Serrano apresenta resultados para os associados

Vagas do Condomínio Avícola de Santa Teresa serão ampliadas com novo galpão em 2020

Venda Nova é destaque entre os finalistas do Prêmio de Jornalismo Cooperativista

Coopeavi entre as 200 maiores e melhores empresas do ES

Cooperativa vai construir maior usina solar do Estado

Reportagem da Coopeducar ganha prêmio cooperativista