Novo frigorífico começa a operar no Espírito Santo

A partir desse sábado (25), o Espírito Santo passa a contar com um novo frigorífico para abate de frangos. Foi inaugurado na localidade de Soído de Baixo, em Marechal Floriano, o Domart Alimentos. Inicialmente o empreendimento terá capacidade para abater 24 mil aves por dia, mas o projeto de expansão já prevê a ampliação para 50 mil.

 

“A criação do frigorífico contribui para melhorar a segurança alimentar da população, aumentar a renda dos produtores com a agregação de valor ao produto e gerar novas oportunidades nas regiões do interior do Estado”, avalia o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, que participou da inauguração do empreendimento ao lado do diretor comercial do Banestes, Antônio Buffon, de lideranças regionais e locais e comunidade.

 

Devidamente registrado no Serviço de Inspeção Estadual (SIE) do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), o estabelecimento estará apto a realizar abate, congelamento e resfriamento de frangos. A operação efetiva começará nesta segunda-feira e a comercialização abrangerá os municípios da Grande Vitória, Litoral Sul e Região Serrana do Espírito Santo.

 

O investimento para a consolidação do frigorífico foi de aproximadamente R$ 9 milhões, a partir de financiamento do Banestes e de recursos próprios dos empreendedores.

 

“Essa é uma conquista sonhada há tempo. Estamos na avicultura há 20 anos e esse abatedouro eleva nosso negócio a um patamar superior”, destaca Oderli Schneider, um dos sócios do empreendimento.

 

Com três mil metros quadrados e capacidade para abater até 25 mil frangos por dia, o Domart Alimentos também terá grande importância para a economia local, gerará 110 postos de trabalho e contribuirá para a garantia de produtos e serviços com padrões adequados de qualidade e segurança alimentar.

 

A estrutura conta com estação de tratamento de efluentes, modernos caminhões frigoríficos, equipamentos automatizados e câmaras frias com capacidade de congelamento de 30º negativos.

 

A criação do frigorífico vem a partir de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado pelo Idaf e o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), em março de 2012, com 88 produtores e distribuidores de aves do Estado.

 

Pelo documento, os produtores comprometeram-se a providenciar o ajuste de suas estruturas de distribuição de aves até agosto de 2012, quando teriam a opção de utilizar o Domart Alimentos para realizarem o abate ou construírem de forma individual ou coletiva seus próprios abatedouros, dentro das normas legais de higiene.

A avicultura no Espírito Santo

 

Com a inauguração do novo abatedouro de Soído de Baixo, em Marechal Floriano, o Espírito Santo passa a contar com sete estabelecimentos oficiais com o serviço de inspeção. Atualmente, a produção média de carde de frango é de 5.8 mil toneladas por mês.

 

São 49 empresas instaladas e 221 avicultores criando frango no Estado para produção de carne, alojando cerca de cinco milhões de aves vivas. Como um todo (corte e postura) a avicultura emprega direta e indiretamente 22 mil pessoas.

 

Além da produção de carne e ovos, a atividade também gera renda com a produção de adubo orgânico. Por mês são aproximadamente 32 mil toneladas direcionadas aos cultivos de frutas, café, hortaliças e atividade florestal.

Serviço de Inspeção Oficial

 

A produção de alimentos de origem animal deve contar, obrigatoriamente, com o Serviço de Inspeção Oficial, que é a inspeção higiênico-sanitária e tecnológica, realizada por médicos veterinários e auxiliada por técnicos especializados, que pertencem aos governos federal, estadual ou municipal.

 

Para comercializar os produtos interestadual ou internacionalmente, é necessário contar com o Serviço de Inspeção Federal (SIF). Para o comércio dentro do Estado, é necessário o Serviço de Inspeção Estadual (SIE). Já para a comercialização dentro do município, os produtos podem ser fiscalizados pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM).

 

Os espaços que funcionam com inspeção oficial obrigatória adotam os cuidados necessários na produção, elaboração, armazenamento e distribuição, uma vez que, em qualquer fase, pode ocorrer contaminação por microrganismos, toxinas, parasitas, substâncias químicas e outros agentes nocivos.

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