Trânsito foi desviado e alguns pontos ficaram inacessíveis de carro – Valdinei Guimarães |
* Valdinei Guimarães
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[Atualizada 23/07 – 15h37]
Por e-mail, o DER-ES informou que as obras são parte da implantação do Contorno Urbano de Venda Nova. Segundo o Departamento, a implantação do Contorno vai contemplar a construção de uma nova via expressa que permitirá a liberação do tráfego de veículos pesados da área urbana do município. O Contorno de Venda Nova (ES 166) terá 3,42 quilômetros de extensão e será constituído em um sistema binário, ou seja, serão duas vias separadas, onde o trânsito ocorre em apenas um sentido em cada uma delas.
Ainda segundo o DER-ES, a primeira via, já implantada, é a ES 166, que será reabilitada e, ao funcionar em mão única, vai aumentar a capacidade operacional. A outra via, que aguarda implantação, está localizada paralelamente à ES 166 e vai receber serviços de pavimentação. O binário terá início na ES 166 (Rodovia Pedro Cola), na altura da Ponte sobre o Córrego Santo Antônio, no Bairro Providência, e vai até a intersecção com a BR 262.
[Notícia original]
Uma obra na Rua Lourenço Lourenção, no Centro de Venda Nova do Imigrante, está causando transtornos para os moradores. Além da poeira, que vira lama quando chove, o trânsito no local foi desviado e ficou impossível chegar ou sair das casas ou estabelecimentos comerciais de carro.
A rua é parte da rodovia estadual ES-166 e a obra é responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do Espírito Santo (DER). De acordo com os moradores, o trabalho começou há cerca de dois meses. Desde então, o trânsito de veículos, que utilizavam o caminho para deixar o centro da cidade em direção à BR-262, foi desviado para outros locais.
Moradores chegaram a ter que deixar os carros em outros locais por causa da obra – Valdinei Guimarães |
Quem mora na rua e depende de carro para transporte, chegou a ficar a pé. Por causa das obras, os moradores tiveram que deixar seus veículos na casa de amigos ou parentes. “Já há mais de dois meses nosso carro está ficando em outra garagem. Quando chove, temos até que colocar sacola nos pés para chegar ou sair de casa”, conta Ângela Mineti Piassi, que tem casa na rua.
Perto de onde ela mora, há uma loja de material agrícola. Sem ter como chegar ao estabelecimento, os consumidores não aparecem, o que causa prejuízos. “Nosso fluxo de caixa caiu cerca de 60% porque o comprador não chega mais até a loja. Só podemos contar com a fidelidade dos nossos clientes para que continuem comprando com a gente”, lamenta João Ricardo Moreno, auxiliar administrativo da loja.
Buracos e materiais de construção estão na frente da loja – Valdinei Guimarães |
Apesar dos transtornos, há quem acredite que, quando estiver concluída, a obra trará benefícios. “A gente tem o incômodo agora, mas temos que pensar no bem maior que ela vai trazer para a rua. Tínhamos um grande problema com água quando chovia, porque alguns pontos alagavam. Acho que os benefícios compensam os transtornos”, defende o estudante Eduardo Piassi, também morador da rua.
Nossa reportagem entrou em contato com o DER-ES para saber o objetivo da obra e quando ela deve ser concluída. Porém, não recebemos resposta até a publicação desta matéria.