Observação astronômica movimenta Campinho

A Praça Arthur Gerhardt, a principal de Domingos Martins, se transformou em um observatório astronômico na noite de ontem (11). Três lunetas e telescópios foram instalados no local para que a população pudesse observar objetos celestes como estrelas e planetas. Toda a ação foi orientada por funcionários da Ufes que deram explicações aos moradores e visitantes. A ação despertou a curiosidade de centenas de pessoas.

 

O evento começou no auditório da Escola Mariano Ferreira de Nazareth com a palestra do pesquisador Thyrso Villela, do Ministério da Ciência e Tecnologia. De forma lúdica, ele falou sobre os programas espaciais brasileiros e mostrou curiosidades sobre os estudos do universo. “Nosso objetivo aqui hoje é traduzir um pouco dos segredos e trazer informações interessantes para vocês. É uma honra ser recebido com tanto carinho em Domingos Martins”.

 

O prefeito municipal Luiz Carlos Prezoti Rocha, o Carlinhos Borboleta, ressaltou a importância para o município de receber um evento ligado à área de estudos do universo. “É um orgulho para Domingos Martins receber pesquisadores de diversas partes do mundo. Conhecemos muitas coisas hoje, foi algo diferente e tivemos oportunidade para saber mais sobre o assunto”, disse o prefeito.

 

A iniciativa fez parte da programação 2ª Escola “José Plínio Baptista” de Cosmologia, organizada pela Ufes, com apoio da Prefeitura de Domingos Martins. Pesquisadores de todo o Brasil e de países como Alemanha, Chile, Dinamarca, Inglaterra, França e Rússia do mundo inteiro estão reunidos em Pedra Azul até a próxima sexta (14) para discutir e debater os rumos das pesquisas na área.

 

Encontro científico segue em Pedra Azul

 

Os pesquisadores seguem reunidos em Pedra Azul. Por lá, os debates giram em torno das pesquisas da Radiação Cósmica de Fundo (RCF). O pesquisador Hermano Velten, explica a escolha do tema. “Hoje em dia, a capacidade de observação astronômica cresceu muito, a ponto que sermos capazes de captar a chamada RCF. Trata-se uma radiação emitida quando o universo tinha apenas 400 mil anos (hoje estima-se que ele tenha 14 bilhões de anos). Proporcionalmente, é como se uma pessoa de 100 anos visse uma foto sua com apenas um dia de vida. Ou seja, ao detectarmos a RCF, temos uma espécie de ‘foto’ do Universo quando ele ainda era um bebê”, explica.

 

Hermano ressalta ainda que as pesquisas nesta área se encontram em evidência devido a dados revelados recentemente sobre esta radiação. “Vivenciamos uma época de grande atividade e efervescência porque a Agência Espacial Europeia, após uma espera de quase duas décadas por parte da comunidade científica, acaba de tornar público os dados coletados recentemente sobre a RCF pelo satélite Planck”, acrescenta o pesquisador.

 

Ainda de acordo com o pesquisa Hermano, o Grupo de Cosmologia do Departamento de Física da Ufes é um dos maiores e mais ativos do Brasil. “Escolhemos Domingos Martins desta vez e estamos fazendo uma analogia do formato da Pedra Azul com alguns gráficos existentes no estudo da radiação cósmica de fundo (RCF)”, finaliza.

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