Cerca de 500 quilos de carne foram apreendidos e um comerciante preso em Castelo durante uma operação realizada pelo Ministério Público- MP em conjunto com o Procon Estadual, Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal- Idaf, Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Espírito Santo- Ipem, com o apoio da Vigilância Sanitária Municipal, em sete açougues e supermercados de Castelo, durante todo essa quinta-feira (24).
A operação denominada pelo MP de “Abate Clandestino e Alimentos Impróprios Para o Consumo” apreendeu além das carnes de boi, porco, peixe, frango e derivados como linguiça, torresmo, presunto, empanados e gordura animal, queijos, refrigerantes, energéticos, pasta de alho, temperos, iogurte, roscas, produtos de higiene e limpeza, massa de tomate, entre outros produtos. Uma área de manipulação de um açougue também foi interditada.
O promotor de Justiça de Castelo, Wagner Eduardo Vasconcellos, informou sobre a ação. “Esta fiscalização faz parte de um cronograma, é uma atuação do Ministério Público, e a data estava reservada para Castelo, assim como na quarta-feira aconteceu em Conceição do Castelo, e nos próximos dias será realizada em outros municípios do Estado. O material apreendido será descartado, já que é considerado impróprio para consumo. O proprietário do local onde foi encontrada carne clandestina foi preso em flagrante”, informou o Promotor.
A Vigilância Sanitária Municipal foi acionada pelo MP para acompanhar a operação. “Fomos responsáveis pelos autos de infração, apreensão e interdição dos locais onde foram encontrados produtos sem procedência, de origem duvidosa, sem nota ou com prazo de validade vencido, já que estas são funções desempenhadas pela Vigilância Sanitária”, informou Christie Clipes Carias, diretora da Vigilância Sanitária de Castelo.
Ao todo 20 pessoas trabalharam na operação que teve duração de nove horas. Os fiscais do Idaf, Procon, Ipem e Vigilância Sanitária se dividiram em duas equipes para percorrer os sete estabelecimentos. A movimentação pelas ruas de Castelo chamou a atenção da população. “Achei bom isso acontecer aqui na cidade, porque a gente não costuma prestar atenção nisso, de onde vem a carne que a gente consome”, disse a operadora de caixa, Raquel Vargas. “Ações assim garantem produtos de boa procedência para nós consumidores”, comentou o comerciante Tarcísio Louzada.
No fim da tarde todos os materiais apreendidos em Castelo foram encaminhados para a incineração no município de Atílio Vivácqua, onde a carne será transformada em ração animal.