A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou hoje (11) uma pandemia do coronavírus, num reconhecimento de que a mera estratégia de conter a proliferação da doença já não seria suficiente. A classificação significa que uma transmissão recorrente está ocorrendo em diferentes partes do mundo e de forma simultânea.
Na prática, ao anunciar a pandemia, a agência de saúde indica que governos devem trabalhar não mais para apenas conter um caso. Mas atuar também para atender uma parcela da população mais ampla e vulnerável. Estratégias direcionadas apenas para identificar casos e isolar pessoas precisam ser trocadas por um plano sanitário que evite mortes.
A mudança no status não significa que a taxa de letalidade tenha sido incrementada. Mas que a OMS apela para que governos adotem medidas mais duras e agressivas. Em apenas uma semana, o número de países afetados passou de 45 para mais de 110. O Brasil tem ao menos 35 casos confirmados.
Até agora, a entidade insistia que a proliferação em grande escala apenas estava sendo registrada em cidades chinesas, com o casos fora do país asiático ainda podendo ser contidos. Isso, em termos técnicos, não representaria uma pandemia e, portanto, a entidade resistia em passar para um nível superior de alerta.
Mas, nos últimos dias, a agência com sede em Genebra já vinha alertando que a capacidade de sistemas de saúde em freara o surto estava se esgotando. O risco global foi elevado na semana passada para "muito elevado" e preparações para uma nova fase começaram a ser feitas. Até o início da semana, a OMS estimava existia uma "janela de oportunidade" para conter o vírus. Mas tal fresta estava "se fechando".
Com informações do site UOL.