Fundado na década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure como um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, o Outubro Rosa tem o objetivo de compartilhar informações, promover a conscientização sobre a doença, proporcionar acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir, consequentemente, com a redução da taxa de mortalidade.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama pode ser diagnosticado em mais de 1,97 milhão de mulheres em todo o mundo, causando 622 mil mortes até 2020. Apesar de alarmante, expor esses dados é uma forma de chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce.
No Brasil, a estimativa é de que cerca de 60 mil novos casos devam ser identificados entre 2018 e 2019, com aumento proporcional na região Nordeste. Esses índices dão sustentação à informação divulgada pelo instituto de que o câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres no país (excluídos os tumores de pele não melanoma).
O aumento desses índices revela ainda que, apesar de existir maior disposição ao desenvolvimento da doença entre mulheres com mais de 50 anos, no Brasil, há uma tendência de aumento da mortalidade por câncer de mama em mulheres de 20 a 49 anos. Entre os sintomas que contribuem para essa incidência, está o abuso de bebidas alcóolicas.
Apesar da causa principal do câncer de mama ser considerada genética, 80% dos casos estão relacionados ao hábito de vida, alimentos, medicamentos, ambiente de trabalho, fatores que alteram a estrutura genética (DNA) das células. De acordo com o INCA, as causas internas estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Se o fator genético exerce um importante papel na formação dos tumores (oncogênese), são raros os casos de câncer que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos.
Danilo Scheit, mastologista da Clínica Femi, que atende beneficiários da Care Plus, comenta sobre o risco que esse engano gera na descoberta e no tratamento da doença. “A minoria dos casos é de causa genética. Quem tem histórico familiar tem que tomar cuidado mais cedo, mas o resto também precisa se prevenir. O Outubro Rosa visa justamente esta conscientização. Não basta fazer mamografia e ultrassom, é preciso se cuidar.”
A Care Plus, maior operadora de saúde premium do Brasil, trabalha o tema com seus clientes finais, indo às sedes das empresas com palestras e ações que desmistificam o tema e incentivam os colaboradores a conhecerem mais sobre o assunto. Segundo Ricardo Salem, diretor médico da Care Plus, o objetivo da campanha é conscientizar as pessoas sobre o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura da doença.
O resultado que a campanha Outubro Rosa apresenta ao redor do mundo é um aliado às pesquisas científicas que, simultaneamente, buscam métodos menos invasivos para as modalidades de tratamento, assim como maior eficácia no tratamento local e sistêmico. Danilo esclarece os tipos de cuidados específicos para o estadiamento do câncer de mama. “É uma doença que não tem uma causa só. Para reduzir os riscos, é preciso fazer os exames periodicamente, além de mudar o estilo de vida e comportamental. Adotar uma dieta sem gordura, evitar cafeína, cigarro, álcool, fazer atividade física regularmente. Mãe que amamenta também cria proteção ao câncer de mama, porque a amamentação ajuda a prevenir.”