* Por Leandro Fidelis
Peritos da Regional Sul da Polícia Civil de Cachoeiro de Itapemirim examinaram nesta quarta-feira (20) o carro do suspeito pela morte da professora Fábia Lázaro Machado, 25 anos, o mecânico João Batista Oliveira, 41. Os técnicos procuram vestígios que possam revelar se a vítima esteve no interior veículo na noite do seu desaparecimento, em 11 de julho, em Venda Nova.
A Towner, com placas de Irupi (ES), foi apreendida na última segunda em Cachoeiro. Os trabalhos da equipe técnica começaram ao meio-dia desta quarta, no pátio da Delegacia de Venda Nova do Imigrante. Dentro do carro estão malas de viagem e outros objetos pessoais de Oliveira, que continua negando o crime e mantido preso na Cadeia de Conceição do Castelo.
De acordo com o perito criminal Vinícius Médici, o tempo conspira contra as investigações. Quanto mais tempo passa, mais os indícios vão se perdendo. Nada pode ser descartado, disse.
Ainda segundo o perito, a Polícia não definiu se será usado Luminol nos exames. Há muita ferrugem no interior do veículo e o produto age na presença do minério de ferro. O laudo não tem previsão de data para sair.
Ele nega
Depois de prestar depoimento segunda à delegada titular da Delegacia de Venda Nova, Maria Elisabete Zanoli, Oliveira afirmou que não conhecia a professora Fábia, encontrada morta em 24 de julho, em São Francisco de Humaitá, município de Mutum (MG).
João Batista Oliveira está com prisão temporária decretada por 30 dias, que pode ser prorrogada por prazo igual. Ele foi preso em Cachoeiro quando iria se encontrar com um advogado para se apresentar à polícia, sem mesmo saber que era um dos investigados da morte da professora. A família do mecânico contratou o advogado João Augusto Faria dos Santos. Até o fechamento desta matéria, a reportagem da FMZ não conseguiu contato por telefone.
Oliveira tem duas acusações de estupro, sendo que foi condenado a oito anos em um processo. Ele ainda é suspeito de tentar dar o golpe do “boa noite cinderela”, droga misturada com bebida, em uma mulher em Lajinha, Minas Gerais. A vítima teria acordado antes de ser violentada e foi abandonada em posto de combustíveis.
No dia em que desapareceu, a professora Fábia Lázaro Machado teria dado um telefonema para o namorado dizendo que o ônibus estava demorando, e por isso pegaria uma carona com um conhecido dele identificado como Oliveira. Por coincidência, o mesmo sobrenome de João Batista. A vítima foi morta por asfixia e encontrada em Minas.