A Polícia Civil acredita que o assassinato do ex-governador Gerson Camata tenha sido premeditado. Camata foi morto na tarde desta quarta-feira (26), na Praia do Canto. Segundo o secretário de Segurança Pública, Nylton Rodrigues, o que gerou o crime foi um conflito judicial entre Camata e Marcos Venício, que gerou um bloqueio de R$ 60 mil na conta do ex-assessor, que é o assassino confesso. Segundo o secretário, Marcos Venício caminhava pelas ruas da Praia do Canto quando avistou Camata e iniciou uma discussão. No momento da briga, Marcos sacou uma pistola calibre 380 e efetuou um único disparo contra o ex-governador.
"Não acreditamos que tenha sido um encontro por acaso. O Marcos Venício estava com a pistola 380 no bolso. Ela é registrada no nome dele, porém estava com o registro vencido e em situação irregular. Não acreditamos que tenha sido algo que não tenha sido premeditado, até mesmo pela tranquilidade e calma que o Marcos Venício assumiu o crime", disse o secretário.
A bala entrou pelo ombro esquerdo e atravessou o corpo de Gerson Camata, saindo pelo ombro direito, atingindo vários órgãos vitais. O calibre da munição, segundo Rodrigues, tem essa característica de transfixar, ou seja, atravessar o alvo. Entrou no ombro esquerdo, transfixou todo o corpo de Gerson Camata e saiu no ombro direito.
Segundo Rodrigues, Marcos Venício estava consciente e contou tudo com muita tranquilidade durante o depoimento à polícia. "Ele não demonstra arrependimento, mas muito ressentimento, o que gerou um ódio muito grande, tudo por conta dessa ação judicial".
Após o crime, o Marcos Venício foi a uma lojinha e depois saiu caminhando tranquilamente pelas ruas da Praia do Canto. Quando ele retornou para a loja, o delegado Danilo Bahiense que estava próximo ao local efetuou a prisão.