Polícia

Polícia acredita que professora está morta

* Por Leandro Fidelis (às 20h)

A Polícia Civil de Venda Nova acredita que a professora Fábia Lázaro Machado, de 25 anos, desaparecida desde a última sexta-feira (11) esteja morta. Nesta terça, o namorado dela, o também professor Roziel Estevão Olavo, última pessoa a falar com ela por telefone, prestou depoimento e negou envolvimento com o sumiço da professora.

A delegada Maria Elisabete Zanoli afirma estar à frente de duas importantes linhas de investigação- que não podem ser reveladas ainda- para elucidar o caso, mas descarta a hipótese de seqüestro. A família de Fábia, entretanto, continua a crer que ela tenha sido raptada.

“Não houve contato para combinar resgate e a mala foi deixada com todas as roupas no caminho. Nada caracteriza seqüestro”, declarou a delegada de Venda Nova.

Na noite da última sexta, Fábia saiu da casa onde mora com duas amigas em Venda Nova para pegar um ônibus para a casa do namorado em Irupi, Sul do Estado. Segundo Roziel, ela teria ligado para ele por volta das 18h37 dizendo que uma pessoa de nome “Oliveira” passou no abrigo de passageiros de ônibus oferecendo carona para aquela cidade. Um rastreamento feito pela polícia no celular do professor confirmou a ligação.

No dia seguinte, a família soube que a professora não embarcou no ônibus da linha Vitória x Irupi. Também não consegui localizá-la pelo celular. Ainda no sábado, a bolsa de viagens de Fábia foi encontrada apenas com as roupas, uma agenda, um “pen-drive” e um disquete num bairro da periferia de Lajinha, Minas Gerais. Policiais daquela cidade continuam a investigar o caso.

Família recebe apoio de moradores

A família de Fábia Machado, que é de Piaçu, distrito de Muniz Freire, está bastante abalada. Na comunidade, a fama da professora é de uma pessoa tranqüila, de família humilde. Segundo uma prima da moça, a balconista Maria Aparecida de Souza, a “Dinha”, 26, amigos e familiares estão indo prestar solidariedade aos pais de Fábia, o pedreiro Misael Machado e a auxiliar geral Marlene Lázaro.

“Nós acreditamos que alguém está querendo fazer o mal a Fábia e mantendo ela em cativeiro, sem motivo aparente, porque não somos ricos. Nós temos muita fé de que esteja viva e temos o apoio de muitas pessoas para espalhar cartazes com a foto dela na região”, disse a prima.

Segundo a balconista, Fábia ia para casa dos pais toda sexta-feira à noite, enquanto o namorado dela chegava nos sábados a Piaçú. O casal se conheceu há dois anos e meio em Irupi, onde ela lecionou por um ano. Ainda de acordo com Dinha, raramente a prima ia para a casa do namorado.

A vendedora Elizângela Gomes, 19, que divide aluguel de uma casa com Fábia e outra moça, esteve com a professora horas antes do seu desaparecimento. Ela conta que a encontrou no horário de almoço e que ela estava contente com o início das férias naquela sexta na escola onde trabalhava desde fevereiro, em Pindobas, zona rural de Venda Nova.

“Fábia disse que ia para casa dos pais e ainda desejei boa viagem. Ela sempre ia sexta-feira à noite para a casa deles de ônibus. Soube no sábado que havia sumido e fiquei bastante assustada”, relatou.

A vendedora conta que só esteve com Roziel nas duas vezes em que ele dormiu na república e achou o professor muito sério e calado. “Ela me disse que era o jeito dele, mas que era boa pessoa, apesar de ser fechado. Ela nunca comentou sobre brigas ou que ele era agressivo e também nunca demonstrou medo”, diz.

Em Irupi, cidade de pouco mais de 10 mil habitantes, Roziel ministra aulas de português na escola de São José, zona rural do município. Informações de populares não confirmadas pela polícia dão conta de que o professor já se envolveu com mulheres casadas e teria agredido fisicamente uma ex-namorada.

Até a publicação desta matéria, a delegada não havia concluído o interrogatório com o namorado da professora. Outra testemunha que prestou depoimento foi a ex-mulher de Roziel, que mora em Piaçu.

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