A Polícia Civil de Afonso Cláudio prendeu, na tarde desta quarta-feira (9), o suspeito da morte do trabalhador rural Severino Barros, de 45 anos, também conhecido como "Jack". O homem estava desaparecido desde setembro deste ano. O corpo, segundo informou o autor do crime, está enterrado em Santa Maria de Jetibá e a polícia está em diligência no local para recuperar o cadáver. Segundo relatos do lavrador L.D.T, de 37 anos, que confessou o assassinato, o crime aconteceu após uma discussão em um bar que fica no limite entre as cidades de Afonso Cláudio e Santa Maria de Jetibá. Severino levou três facadas no local, fugiu e foi asfixiado logo depois. O assassino vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil.
"Estávamos tratando o caso, até algum tempo atrás, como desaparecimento. Mas chegaram informações para as polícias Civil e Militar de que não tratava-se de desaparecimento, mas homicídio. Relataram os últimos locais onde a vítimas esteve, com quem ele estava, com quem se desentendeu", relatou o titular da Delegacia de Afonso Cláudio, delegado Cláudio Rodrigues, que informou ainda que o autor disse que fez tudo sozinho e já pensava em confessar o crime.
Segundo Rodrigues, os policiais encontraram manchas de sangue em uma mesa de sinuca em um bar da região. "Apurando com o autor do crime, foi uma discussão entre ele e a vítima", contou o delegado. A briga teria começado de forma banal. Severino estava sujo e queria pegar algo no prato de comida do assassino. Depois disso, o autor do crime ainda teria ido a um casamento, bebido e, na volta, tornou a discutir com a vítima e desferiu três golpes de faca, além de asfixiar Severino.
Desaparecimento
No dia 14 de outubro, um cunhado de Severino registrou, na delegacia de Afonso Cláudio, o desaparecimento da vítima. No Boletim Unificado (BU), ele informou que, em 1º de setembro, o cunhado esteve em sua casa em Fazenda Guandu, e disse que iria trabalhar na localidade de Garrafão. A ex-esposa de Severino alertou-o sobre o sumiço do homem e explicou, inclusive, que as roupas da vítima continuavam guardadas na propriedade onde Severino tinha trabalhado, em Garrafão. A ex-esposa disse ainda que soube que Severino se envolveu em uma briga e que havia sido agredido, mas ela não soube dizer se o fato realmente aconteceu.