* Leandro Fidelis
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Venda Nova do Imigrante passará a contar com cinco peritos criminas. Nos próximos 30 dias, a delegacia do município vai receber um perito verificador de óbito para a liberação de corpos. Além disso, a chefia da Polícia Civil anunciou a escalação de outros quatro profissionais após a formatura dos novos recrutas, em outubro.
A unidade, que é a 11ª regional do Estado, mantém plantão 24 horas e vai adequar seu espaço para o trabalho dos peritos. A delegacia também receberá um equipamento para exames de balística e toxicológicos, que vão agilizar os laudos técnicos.
“Com esses serviços, os inquéritos serão concluídos em menos tempo. Nós temos espaço, falta só adequá-los”, disse a delegada titular, Maria Elisabete Zanoli. Segundo ela, há anos as autoridades solicitam ao Estado o envio de peritos para o município. Na última sexta-feira (18), Zanoli se reuniu com o delegado chefe da Polícia Civil, Joel Lyrio Junior, para acertas os detalhes da contratação dos servidores.
A medida vem solucionar a demanda de ocorrências na Região Serrana. A perícia técnica mais próxima fica em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, onde também está sediado o Departamento Médico Legal- DML.
Leandro Fidelis |
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O agente funerário Arquilino Ressurreição, de Venda Nova, vive de perto a realidade do atendimento às famílias das vítimas. |
Devido aos atendimentos em todo o Sul, muitas vezes a remoção de cadáveres vítimas de acidentes ou mortes violentas leva horas até a chegada do veículo do DML, o popular “rabecão”.
O agente funerário Arquilino Ressurreição, de Venda Nova, vive de perto a realidade do atendimento às famílias das vítimas. “É uma longa espera até as famílias poderem velar o corpo do parente. Nesse período não temos como fazer nada. A vinda do perito é uma ótima notícia.”
A delegada explicou que, a partir da contratação do perito, os corpos poderão ser liberados diretamente para agências funerárias ou para o DML, caso necessitem de autópsia, uma vez que o município não tem o departamento e médico legista.
A delegacia chegou a receber um rabecão há dois anos dentro do programa “Delegacia Zero”. O veículo ficou seis meses no pátio e acabou sendo repassado para a unidade de Cachoeiro, que perdeu um carro com defeito. “Na época, os investigadores precisavam de CNH especial e era necessário ter plantão 24 horas, o que só aconteceu alguns meses depois”, destacou Maria Elisabete Zanoli.