Ao andar pelo pavilhão de comercialização da Ceasa encontramos com pessoas de todas as regiões do Estado. A Região Serrana é uma das mais presentes no mercado, vindos de Santa Leopoldina, Santa Teresa e Santa Maria de Jetibá. Só no ano passado, Santa Maria ofertou mais de 90 milhões de quilos de alimentos.

E é de Santa Maria que vem o produtor Arthur Schultz. Ele, que presenciou o “nascimento” da Ceasa há quase 37 anos, já trabalhava desde os tempos do mercado na Vila Rubim. Arthur faz o cultivo, principalmente, de tomate, inhame, couve-flor, pimentão, gengibre e outras, variando a quantidade.

A realidade, no momento, é outra, devido à escassez hídrica. Evitar o desperdício é a regra. Os produtores têm feito a sua parte quando se trata da  conscientização sobre o uso da água de modo sustentável.

“Já vivi períodos muito piores, de seca e dificuldade de conseguir trabalhar mesmo. Não que eu esteja comparando, pois eram épocas diferentes, não havia tanta tecnologia e estrutura que temos hoje. Na roça tivemos que controlar a irrigação na produção, ficamos mais rígidos com nós mesmos na hora de utilizar a água, que não pode faltar. Aquele início (da estiagem) foi complicado, ainda está sendo, mas o mais importante foi que conseguimos produzir, na medida do possível, e não faltou mercadoria.”, reforça o produtor”.

“Apesar da estiagem, as comercializações não sofreram quedas significativas num aspecto geral. Como o mercado é muito dinâmico e o fato de estarmos localizados na região sudeste, que privilegia e facilita a logística, não chegamos a ter falta de produtos em nosso Estado, por exemplo. Já alguns produtos como alface, coentro e chuchu tiveram um reflexo no preço, destaca o gerente técnico das unidades regionais da Ceasa, Marcos Antônio Magnago.”

Os Schultz

“Hoje eu conto com a ajuda dos meus filhos, que estão à frente da produção e eu colaboro na medida do possível: dou conselhos e ajudo nas vendas. Estou com 74 anos, tenho que pegar um pouco mais leve, mas confio neles, fazem o trabalho direitinho”, conta, com orgulho, o patriarca Arthur.

Período da Estiagem

Entre o fim do ano passado e até o momento houve dificuldades que todos enfrentaram e vêm enfrentando com o longo período sem chuvas e rios abaixo dos níveis. Munícipios instauraram o controle da água, tanto para a irrigação quanto para os outros afazeres rotineiros nas propriedades.

(FOTOS: DIVULGAÇÃO/CEASA-ES)