Os servidores públicos de Castelo paralisaram as atividades. Depois de quatro meses trabalhando em operação tartaruga, nesta terça-feira (28) iniciaram a greve geral. Desde o início do ano, a categoria e a Prefeitura não se entendem, principalmente quando o assunto é o reajuste salarial.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Estado emitiu uma decisão dizendo que os serviços na área da saúde não podem ser suspensos. Caso essa decisão não seja cumprida, a multa é de R$ 5 mil por dia. A decisão também determina que 80% dos outros serviços funcionem normalmente. Caso contrário, o salário dos grevistas pode ser suspenso. O sindicato dos servidores informou que ainda não foi comunicado oficialmente dessa decisão.
E o impasse continua. “Tentamos negociar com a Prefeitura e com o Ministério Público várias vezes mas não fomos atendidos”, afirma a presidente do Sindicato dos Servidores públicos, Cíntia Pupin. A Prefeitura ofereceu o reajuste salarial gradativo de 6,5% e um aumento de 50% do vale-feira, que passaria de R$ 4,00 para R$ 6,00 por semana. “Estamos conversando com o Sindicato e oferecemos o que estava ao nosso alcance”, diz o secretário de planejamento de Castelo, Francisco Venturelli Zanon.
Prejuízos para a população
Enquanto a situação não é resolvida, a população sofre as consequências da paralisação. A dona de casa Rosimere Dias acompanha os estudos do filho e está preocupada. As notas do menino caíram e ela sente que o ensino está sendo prejudicado. “Já vem notas baixas. Reclamam que não dá tempo para copiar. Fico preocupada com ele e com as outras crianças”, afirma.
* Fonte: Gazeta Online