Projeto valoriza vitivinicultura local

* Redação FMZ

O Sebrae Nacional e o Instituto Brasileiro do Vinho- Ibravin assinaram um convênio intitulado “Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Vinhos, Espumantes e Sucos de Uva”, que visa capacitar, disseminar informações e orientar as empresas na produção, registro e comercialização dos produtos vitivinícolas. O público-alvo do projeto são os estabelecimentos vinícolas que elaboram vinhos, espumantes e/ou sucos de uva nos estados do RS, SC, ES, SP, MG, PR, PE, BA.

No Espírito Santo, cinco produtores serão contemplados sendo três de Santa Teresa e dois da Região das Montanhas Capixabas: o vinho Tonole, de Venda Nova do Imigrante, e o Santa Cecília, de Marechal Floriano. No dia 26 de abril, dois consultores do Ibravin, juntamente com técnicos e o coordenador do Sebrae, Rodrigo Belcavello Barbosa, e com o secretário Municipal de Agricultura de Venda Nova, Sávio Filetti, parceiro do projeto, estiveram visitando o empreendimento Tonole.

De acordo com Belcavello, o próximo passo será a fase de implantação das BPAs (Boas Práticas Agrícolas), das BPEs (Boas Práticas Enológicas) e do APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle). A implantação vai constar de treinamento, consultorias e auditorias para verificar a conformidade da empresa com o programa.

Há mais de um ano, o Sebrae vem estruturando a carteira de vitivinicultura. O planejamento plurianual da instituição prevê a execução de sete projetos no setor em quatro estados, inclusive no Espírito Santo.

A intenção do Sebrae em ser parceiro do programa é aumentar a comercialização do vinho nacional e, consequentemente impactar positivamente nos demais resultados previstos pelo programa. A pouca tradição de consumo de vinho nacional pela população e a alta concorrência dos vinhos importados são alguns dos entraves do setor, oriundos de questões tributárias e econômicas.

“Quando se tem apoio, muda tudo e, pra melhor. É muito bom para o negócio o suporte técnico específico”, diz o produtor do vinho Tonole, Felipe Tonole.

Para a nora do produtor, Fátima Tonole, também envolvida na produção de vinho, o programa é uma forma de crescimento para o negócio da família. “Estamos participando das reuniões para formar um grupo de produtores e vimos até a possibilidade de usar novas variedades de uvas a partir desses encontros.”

O Programa de Compras Governamentais, previsto no capítulo 5 da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, representa uma das alternativas para ampliar o mercado e consumo do vinho nacional. Para exemplificar a representatividade das micro e pequenas empresas na compras governamentais, em 2009, 210 mil dessas empresas forneceram produtos ou serviços para o governo, gerando volume de negócio de R$ 14,6 bilhões.

O Itamaraty, por exemplo, só oferece vinho brasileiro em suas recepções. É uma medida simples que faz grande diferença. É grande o poder de compra dos parceiros e demais órgãos do governo. Além de aumentar a comercialização do vinho nacional, o programa visa a capacitação de empresas envolvidas, melhorar a imagem do vinho brasileiro no mercado interno, facilitar o acesso às informações de mercado para as pequenas e médias vinícolas, entre outras ações.

Para alcançar esses resultados serão desenvolvidos três tipos de ações: as ações estruturantes, como a realização de diagnósticos e caracterização das regiões vitivinícolas brasileiras, identificação e caracterização de roteiros de enoturismo no Brasil e, no caso do Espírito Santo, aliado ao agroturismo e sensibilização para implementação do Cadastro Vinícola Nacional.

Outra ação é a gestão do conhecimento, que prevê produção e publicação de material informativo e realização de seminários setoriais regionais. A terceira ação é voltada para inovação e tecnologia (* com informações do Sebrae).

Salão do Turismo

Um lote com produtos da Associação de Desenvolvimento Regional do Agroturismo- Agrotur, de Venda Nova, foi despachado ontem para São Paulo, onde ficarão expostos no 5º Salão do Turismo- Roteiros do Brasil, que acontcerá de 26 a 30 deste mês, no Parque Anhembi.

O evento foi criado pelo Ministério do Turismo como uma estratégia para impulsionar o Programa de Regionalização do Turismo. Dentro do Salão do Turismo está o Mercado da Agricultura Familiar, onde o Agrotur estará ofertando seus produtos. O objetivo é a apresentação e a comercialização de alimentos e bebidas produzidos e processados pelos agricultores familiares das cinco regiões brasileiras, reunidos em redes, associações e cooperativas.

A participação da Agrotur no 5º Salão do Turismo está sendo viabilizada pela Prefeitura de Venda Nova, por meio das secretarias de Agricultura e Turismo, com apoio do Sebrae e a Secretaria de Estado do Turismo.

Participam do evento gestores públicos, empreendedores, profissionais do setor, operadoras e agentes do turismo receptivo, empresas, pesquisadores, sociedade civil organizada, professores, estudantes e visitantes em geral.

* Leia também: Mulheres assumem papel de destaque no agroturismo

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