Projeto voluntário recreia crianças e adolescentes na Bicuíba

Mais uma iniciativa voluntária está florescendo em Venda Nova. Na comunidade de Bicuíba, às margens da BR-262, cerca de 20 crianças e adolescentes frequentam as atividades do Projeto “Florescer”, mantido com a colaboração de moradores, empresários e do poder público. O resultado é uma juventude menos ociosa no período alternado aos das aulas na escola.

No centro comunitário ou em espaços alternativos do bairro, são realizadas aulas de artesanato, violão e capoeira. A Secretaria Municipal de Ação Social mantém os instrutores das duas últimas oficinas, enquanto a Associação Pró-Melhoramento de São João de Viçosa capta recursos para manter o projeto em funcionamento. Os instrumentos musicais e até o leite foram doados por moradores.

O Projeto “Florescer” começou em março de 2004 por iniciativa da agente de saúde Maria Moreira. Junto com a psicóloga Cássia Cristina Costa, ela percebeu que muitas crianças e adolescentes não tinham o que fazer no bairro. “O primeiro aprendizado desses jovens é a cidadania, pois passam a valorizar o que existe na comunidade”.

* Veja vídeo produzido por alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Fioravante Caliman

Segundo a moradora, o nome florescer foi escolhido por causa do seu forte significado. “Venda Nova tem muitos exemplos de voluntariado e, por isso, temos que ter voluntários sempre aqui também. Aos poucos estamos conquistando os pais e outros moradores”, disse Maria.

Capoeira tenta vencer preconceito

As aulas de capoeira reúnem meninos e meninas da Bicuíba, com idade média de 15 anos. O grupo acaba se somando aos alunos particulares dos professores, os irmãos Jean, 27, e Jomar Contreiro, 30, no centro comunitário. Juntos, os praticantes do esporte com raízes africanas driblam o preconceito na comunidade.

“Muitos acham que a capoeira é macumba, por causa dos instrumentos que usamos nas rodas. A maioria desconhece que a capoeira é bem brasileira e traz muitos benefícios ao corpo”, enumera Jean, praticante há 12 anos.

Uma prova de que a capoeira faz bem é a mudança na disciplina. Everton Luiz Lima de Oliveira, de 14 anos, é um exemplo. “Antes eu era muito bagunceiro na escola. Há dois anos treino capoeira e não imagino minha vida sem esse esporte”.

* Reportagem de Leandro Fidelis com participação dos estudantes Alex Christ (FMZ), Mariana Bragatto e Sabrina Fiorezi

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