Puxado por agricultura, comércio e indústria, PIB capixaba cresce 1,7% em 2017

O Produto Interno Bruto (PIB) capixaba registrou alta de 1,7% no acumulado do ano de 2017. No comparativo entre o quarto trimestre do ano passado com o mesmo período de 2016, o crescimento foi de 1,8%. Em valores nominais, a estimativa do PIB no Espírito Santo alcançou R$ 30,3 bilhões nos três últimos meses de 2017, totalizando, em valores acumulados no ano, R$ 120,8 bilhões.

 

De acordo com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), órgão que calcula o Indicador de PIB Trimestral, os resultados registrados para a economia do Espírito Santo, no quarto trimestre de 2017, foram positivos em todas as medidas de desempenho consideradas. Em comparação com o terceiro trimestre de 2017, houve ligeiro crescimento de +0,1%.

 

A economia capixaba também registrou desempenho superior ao alcançado pela nacional no indicador acumulado em quatro trimestres. Enquanto o Espírito Santo registrou PIB de 1,7%, o Brasil obteve 1% no mesmo período. E o que mais influenciou esse resultado na economia capixaba foram, principalmente, os setores comercial e industrial, principais atividades no Estado em termos de Valor Adicionado Bruto (VAB), e o setor agrícola.

 

“Esse resultado confirma a recuperação da economia capixaba, após dois anos de recessão”, explica a diretora-presidente do IJSN, Gabriela Lacerda, que ressalta ainda o desempenho superior em relação à economia brasileira. 

 

 

 

 

Petróleo, gás e minérios

 

A trajetória de crescimento da indústria extrativa, que inclui petróleo, gás e minérios, a partir do primeiro trimestre de 2017 – revertendo um quadro anterior – foi determinante para o desempenho do indicador de PIB estadual. Apesar do recuo de -2,1% e -3,7% no terceiro e quarto trimestre de 2017, respectivamente, o setor extrativo acumulou no ano +1,8% de crescimento.

 

Já o setor fabricação de produtos de minerais não metálicos não apresentou bom desempenho. Houve recuo nas três bases de comparação do índice sem ajuste sazonal. Na indústria de transformação, o destaque é para o crescimento do setor de fabricação de produtos alimentícios, que registrou crescimento de +13,2% no ano.

 

Após a crise hídrica que impactou a produção no Estado – reflexo da maior seca registrada em terras capixabas nos últimos 80 anos -, na Agricultura houve recuperação de algumas das principais lavouras.

 

Os maiores avanços foram na produção de café conilon (+24,7%), banana (+33,2%), pimenta-do-reino (+194,6%), mamão (+16,5%). Por outro lado, destacaram-se negativamente as lavouras de café arábica (-15,4%), impactada devido à bienalidade da lavoura, e da cana-de-açúcar (-23,6%).

 

O volume de vendas do comércio varejista ampliado, por sua vez, cresceu +13,9% na comparação com igual período de 2016 e +7,0% no acumulado do ano. As maiores influências vieram, principalmente, do setor de veículos, motocicletas, partes e peças, com taxas de +44,0% e +30,6% respectivamente.

 

Outras atividades que se destacaram positivamente foram equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com taxas de +47,2% e +26,6%, e móveis e eletrodomésticos, com taxas de +40,8% e 21,5%, respectivamente.

 

No setor de serviços, houve queda de -0,3% no trimestre, relativamente a igual período do ano anterior, e de -1,2% em termos acumulados. Houve recuo no volume de serviços prestados às famílias (-5,3%), serviços de informação e comunicação (-3,4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-5,4%), enquanto as demais atividades do setor registraram crescimento.

 

O PIB representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período. E é um dos indicadores mais utilizados para medir a atividade econômica de uma região. Calculado pelo IJSN, o PIB trimestral reflete a situação econômica no curto prazo, antecedendo o cálculo do PIB anual, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

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